A frase acima está impressa na sacola em que eu trouxe o Livro Vermelho. Mesmo antes de abri-lo, a sacola já me pareceu algo que soava fundo na consciência. Por estes dias me senti tentada diversas vezes a reclamar da vida, e imediatamente a sacola vinha a minha mente. Não que isto seja exatamente uma novidade. De fato creio que tudo, até mesmo o que não está bom, é em ultima análise fruto de mim mesma. Já expressei esta idéia antes em algumas postagens. Mas vê-la impressa em letras garrafais todos os dias sobre a minha mesa de trabalho, encarando-a diversas vezes, me forçou a entrar cada vez mais fundo em meu ser. E então eu voltava para perto de mim, para dentro de mim. Quando quis culpar o mundo, só encontrei eu mesma.
Esta idéia que promove o processo de individuação provavelmente é arquetípica, pois além da frase do famoso psiquiatra suíço, existe um compositor de música popular brasileira, Juraildes da Cruz, que compôs os seguintes versos capazes de despertar as mesmas reflexões nesta que vos fala:
"Eu tentei fugir de mim, mas aonde eu ia eu tava, quanto mais eu me escondia, mais eu me encontrava"
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