segunda-feira, 20 de outubro de 2014

"QUEM VÊ GLÚTEO NÃO VÊ CORAÇÃO". Você está mesmo procurando o homem certo?

Observo que atualmente existe um paradoxo quase imperceptível na busca desenfreada  por encontrar um relacionamento sério e devo dizer que parte mais das mulheres do que dos homens. Grande parte das mulheres deseja encontrar um amor verdadeiro, e quando indagadas sobre os quesitos que devem ser preenchidos para que este relacionamento seja classificado como verdadeiro frequentemente encontro: carinho, respeito, fidelidade, sintonia de idéias, que me ache bonita como sou,que goste principalmente de mim por dentro. Até aí tudo bem, acredito que todos os quesitos são válidos e devem compor um realacionamento verdadeiro. Mas não raro muitas mulheres atraem para si homens que não estão aptos a dar uma parcela considerável do que é esperado, e isso frustra, e as faz pensar que deve ter algo errado com elas. E pode ter mesmo.
Provavelmente o que está acontecendo é que os parâmetros de busca estão completamente dissonantes do que se quer encontrar. Vou explicar: A maior parte das mulheres está muto mais preocupada em atrair um homem pelos seus atributos físicos que pelos seus atributos internos, quando se colocam na vitrine, expõe as curvas como atrativo principal, e o resto vem quase como um brinde. "Primeiro eu o atraio pela minha aparência, para depois fazê-lo gostar de mim" Esta é a mensagem muitas vezes inconsciente que orienta a busca feminina e a faz pensar mesmo que o seu maior atributo são as curvas pois só mulheres muito, mas muito bonitas mesmo, são amadas e felizes. É o que nos dizem todos os meios de comunicação - menos no facebook, pois lá é o único lugar onde todo mundo é feliz o tempo todo.
Se oferecemos carne como prato principal, diminuem muito as chances de termos um vegetariano para o jantar. Homens que guiam as suas escolhas principalmente pela beleza externa e a sensualidade exacerbada, dificilmente terão os atributos citados acima para oferecer, o que acarreta em sofrimento e frustração.
Sou absolutamente a favor do cuidado com o corpo, em estar saudável e bonita, sem deixar de ser quem e como você é, sou a favor de esculpir o melhor de si, mas não de virar outra pessoa, e mutilar-se pra isso com excessos de exercício, ameaça a saúde por remédios e á alimentação e cirurgias absurdas com o intuito de ser mais aceita e mais amada.
Se você quer alguém que a valorize pelo que você é, comece fazendo isso você mesma, reconheça as suas qualidades e as apresente como carro chefe do que você tem a oferecer. Pois por mais bonita que você seja, não existe método que vá te fazer parecer ter 30 aos 60, Então, quem estiver com você tem que te amar por muito mais que isso, por aquilo que você pode oferecer como duradouro.
Mas lembre: a chave é se amar profunda e verdadeiramente antes de querer que alguém o faça. Quando fizer isso, a pessoa certa poderá encontrar a porta certa aberta para entrar.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

TRAGO SEU AMOR PRÓPRIO DE VOLTA EM 3 DIAS!!!




Sim amigos, quisera eu que fosse este o anúncio que chamasse a atenção de todos aqueles que neste momento sofrem de amor. Quer dizer, falta de amor, amor próprio mesmo. Pois se quando alguém vai embora da sua vida leva embora o que há de mais precioso dentro de você, a ponto de te fazer chorar aos quatro cantos, se arrastar, humilhar e pedir perdão pelo erro do outro além de dizer aios quatro cantos que a vida não tem sentido, você não perdeu um parceiro(a), perdeu você mesmo...
Como é que as pessoas chegam a uma situação assim... Sem perceber estamos sujeitos a idolatrar o ser querido, sim, pensarmos como somos afortunados por tê-los! Mas o que denuncia a idolatria nestes casos é que o pensamento reciproco não existe, a pessoa pode até mesmo se perguntar "o que é que aquele ser iluminado viu em mim mesmo???" Aí pronto. Todo o investimento que deveria estar na relação e em si também, passa a ser colocado no outro, deixando o apaixonado com pouco mais do que o necessário para respirar. Acredita-se que isso é amor, mas nem sempre. Amor é aquele no qual ambos se constroem juntos, aquele que me impulsiona a ser o melhor e assim, por conseguinte. oferecer naturalmente o melhor. Mas muita gente procura em alguém o seu valor próprio, um motivo para viver, algo válido em que apostar as fichas, e o nome disso e carência e projeção. è muito comum que em algum momento estes relacionamentos terminem, e quase sempre parte do ser idolatrado. E então sobra pouco ou quase nada no que investir para sair da fossa. A ansiedade pode levar a arrumar outro relacionamento tampão, pois ficar sozinho é insuportável até que aos poucos fique claro que não era aquela pessoa em si que importava e sim o lugar que ela ocupava. 
Se você se enquadra nesta situação lembre-se que para recuperar, ou encontrar alguém para amar será mito melhor quando aprender a amar a si mesmo, a ser uma boa companhia e investir em seus próprios sonhos. Mas quais eram mesmo??? Pois é, você merece o seu amor. Amai ao próximo como a si mesmo, não mais que a si mesmo, pois isso não funciona.
Em alguns casos críticos a terapia é aconselhada, mas não estou prometendo resultado em 3 dias ok!

domingo, 23 de março de 2014

A Tirania da "Felicidade"- Reflexões de quinta (feira:)

Bom,  o tema principal da quinta foi felicidade. Por conta disso o cirurgião Carlos Fernando foi convidado para falar a respeito de cirurgias plásticas e a busca pela felicidade. Acredito que falamos bem a respeito do assunto, pois Carlos Fernando foi bem lúcido ao discorrer sobre a questão, sem alimentar ilusões que podem acompanhar as pessoas que o procuram. Mas ainda quero falar algumas coisas...
O que de fato vem a ser felicidade? Muitas pessoas a perseguem, mas tenho a impressão de que não sabem bem o que tanto almejam, e por isso, a busca da felicidade como entendida (ou não entendida) nos dias de hoje causa muita infelicidade em seu rastro. É a tirania da felicidade. Temos que ser felizes a qualquer custo, custe o que custar, nem que para isso seja necessário mentir, magoar,  ser hipócrita e terrivelmente egoísta, pois o que importa é ser feliz. Fico pensando que espécie de pessoa justifica a traição e a mentira com a frase: Mas isso não pode estar errado, pois me faz feliz.
as pessoas confundem felicidade com satisfação. Mas a satisfação não é um valor em si, ela depende do que existe dentro de cada um e a satisfação pode ser uma busca extremamente egoísta, que abdica de todos os valores que fazem com que uma pessoa seja considerada um ser humano de bem. Nesse caso, tornam-se válidos quaisquer tipos de excesso, como álcool, drogas, sexo barato, pois isto irá trazer felicidade. Felicidade??? 

A felicidade é um estado de espírito elevado, é uma luz que brilha de dentro para fora, é a capacidade de estar em paz e sentir amor, por si e pelos outros. 

Boa semana e grata pela atenção

quinta-feira, 13 de março de 2014

Mães e o desapego - Reflexões de quinta (feira:)

Amigos, andei sem escrever um tempo, acabei me dando folga no feriado e viajando para um lugar onde só chega sinal de fumaça e telepatia. Nem televisão tinha. E olha, gostei muito de lá... Sou bem chegada a me esconder na natureza, depois explico o motivo.
Bem, hoje no programa falamos de mães que sufocam os filhos com super proteção e são invasivas.
Bem, este post é para mães e filhos.
Mães: Nossa tarefa no universo é a de acolher este que nos chega pelo ventre ou por coração, e abraçar o desprendimento de nossa própria vida para fazermos deles adultos plenamente capazes, homens e mulheres de bem. Mas mesmo assim eles não são um bem adquirido. Nossa recompensa é o aprendizado do amor e não a posse de um ser humano. Nossa vitória é colocar na vida um ser que ajude-a a ser melhor. Muitas mães não querem deixar os filhos crescerem por terem medo do vazio, e este vazio se mascara facilmente em preocupação e atenção.
Mães que extrapolam a idade certa para determinado tipo de comportamento protetor temem perder um pedaço de si, ou pior: como deram a vida por eles acreditam que agora eles tem o dever de continuar sendo uma extensão delas. E a qualquer sinal de afastamento surgem as covardes chantagens emocionais, que podem prejudicar o ser que mais amamos. Este comportamento acaba produzindo adultos imaturos e incapazes de arcar com a própria responsabilidade, vinculados negativamente a uma imagem materna, que no íntimo podem acabar tendo vontade de destruir, o amor pode se transformar em raiva e ódio. Tal sentimento pode produzir conflitos tão brutos a ponto de gerar uma neurose, e o futuro não parece bom. 
Lembram de como ficamos felizes quando eles começaram a engatinhar, a andar, correr, ir para a escola? Nessa época sabíamos quando largar a mãozinha, dar thauzinho... Então! Vamos continuar felizes com seus passos rumo a vida. O amor é imortal, e a ligação entre mãe e filho, se cultivada com sabedoria, jamais se rompe.
Procurem dar sentido a própria vida, arrumem uma ocupação, façam o que antes o dever com os filhos não permitia, vejam-se como indivíduos, não coloquem a felicidade nas costas de ninguém. Por incrível que pareça, nós somos seres humanos que nascem filhas e se tornam mães, mas antes agora e sempre somos e pertencemos a nós mesmas. E os filhos também pertencem a eles mesmos.
Filhos: Tenham um pouco de paciência por favor, pois mãe não é perfeita, mas como ninguém nasce na família errada, ela é exatamente a mãe que você precisa. 
Bom final de semana para nós.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Birra e Limite - Reflexões de quinta (feira:)



Birra, este foi um dos temas de nossa conversa no programa Encontro com Fátima Bernardes de quinta.
Pois sim... Por onde inicio? Pela persona psicóloga ou mãe mesmo? Sim, porque falar de birra sem ter passado pela situação na própria pele pode parecer com o ato de passar uma receita de bolo a qual nunca cozinhou e garantir que dá certo e é uma delícia. É muito fácil apontar o dedo para incompetência paterna e principalmente materna, quando se vê uma cena de birra. E por mais que possa ser verdade, se você não passou pela experiência de criar crianças por favor entenda que não está no lugar de julgar, mesmo que possua títulos (na platéia havia uma educadora que também não sabia o que fazer quando o assunto era seu próprio filho). E se você já criou ou cria filhos - enteados, sobrinhos e afilhados também contam - tem o dever de ser um pouco mais solidário. Na verdade, ninguém está no lugar de julgar ninguém. Vamos seguir em frente.
As pessoas tendem a entender a birra como uma coisa só, como um fenômeno único e de mesmo significado para qualquer criança, mas birra é o sintoma, é sinal de algo que acontece internamente com a criança. A causa do sintoma pode ser um simples teste de limites, uma afronta, ou até mesmo um pedido de socorro, um alerta de que algo não vai bem. Neste caso apenas repreender não é suficiente e pode fazer com que a situação se agrave. O limite da birra deve ser dado em qualquer caso, mas o olhar posterior é que deve ser diferente. As atitudes devem ser preventivas, devem evitar novos episódios, e não simplesmente abafar a manifestação pontual.
Mas Quando reconhecer que a birra é um teste da paciência parental, ou é um sinal de que a criança não está bem? Isso é muito difícil de discernir. 
Estes "ataques", principalmente em crianças pequenas, é uma forma de comunicação, já que elas ainda não possuem argumentação verbal suficiente. É a manifestação de algum desagrado e do desejo de conseguir o que a criança quer. Dependendo do que for obviamente não deverá ser atendido. Mas mesmo que seja algo pertinente, é bom atender depois da birra, mostrando que não é o este o caminho para conquistar o que se quer. Aliás, muitos pais na tentativa de calar os filhos para fugir de situações difíceis e constrangedoras,acabam simplesmente fazendo com que os episódios sejam mais frequentes.
É essencial que os pais conheçam bem os seus filhos para saber o que fazer, pois como eu sempre digo, cada caso é um caso, temos mesmo é que descobrir qual é o nosso caso.
É nosso dever como pais cumprir a tarefa de mostrar limites e ajudar o filho a lidar com as frustrações, pois impor limites vai muito além de simplesmente repreender de forma enérgica e muitas vezes agressiva, e amar vai muito além de deixar a criança "feliz" o tempo todo, de ter medo de dizer não. Muitos pais ficarem pouco tempo em casa e sucumbem a culpa da falta de dedicação. É um caso sério, fenômeno comum nos nossos dias que faz com que na verdade os pais se preocupem mais em aplacar a própria culpa e dificuldade de lidar com as suas frustrações que dar o que realmente o filho precisa.
Crianças pedem sempre limite, precisam dele, caso contrário não sabem para onde devem ir, limites norteiam o crescimento psicológico saudável de uma criança, por isso muitas vezes elas mesmas o pedem, gerando nestas ocasiões o comportamento da birra.
Grata mais vez pela sua atenção

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Consumismo doentio - Reflexões de quinta (feira;)

Bem, vamos continuar o projeto reflexões de quinta. Hoje os assuntos debatidos no programa Encontro foram: consumismo e infidelidade financeira, creche e piriguetes. Bem eclético eu diria. Os convidados foram agradáveis companhias, Jairzinho, sua esposa a atriz Tania Kalill e o ator Bruno Gissoni. Pessoas interessantes sempre ajudam a criar uma conversa mais produtiva. No intervalo acabei descobrindo que Tânia é minha colega, sim, formada em psicologia!
No que diz respeito ao assunto consumo exagerado, acredito ser um fenômeno moderno. Nos primórdios da humanidade, não haviam supermercados e industrializados e máquinas de produção em série. Tudo que se consumia levava um bom tempo para ser plantado colhido e manufaturado. Logo, mesmo que se quisesse, não era possível consumir tanto, pois corria-se o risco de morrer de fome em lugares com inverno rigoroso por exemplo.  Este contato direto com a origem das coisas, com a natureza, nos mantinha mais conectados com o ritmo equilibrado da natureza, oque como já dizia Jung, ajuda o ser humano a manter-se mais centrado em sua própria natureza. Portanto, este afastamento cria um ambiente propício para a instalação de vazios na alma, que não são identificáveis, levando a doença e a tentativa desesperada e inútil de preenche-la com, drogas, álcool, fumo compras sexo, comida e etc. Até o ponto em que as próprias pessoas passam a ver os outros, e a si mesmas como mercadorias a serem consumidas e descatadas, tão adoecidas que acham isso "normal". É triste, é preocupante.  E por incrível que pareça, as pessoas com poucos recursos financeiros são as mais bem afortunadas no quesito alerta para esta doença, do que as pessoas que possuem boa situação financeira, pois estas não tem nada para lhes dizer que está indo no caminho errado, que está passando dos limites normais do prazer pela aquisição de bens materiais. Caminham com rapidez para longe de si mesmos, atribuindo o próprio valor ao que são capazes de consumir. A questão na verdade não são os gastos financeiros, mas a energia emocional, psicologica e espiritual desperdiçada por pessoas que procuram qualquer coisa que as distraiam o bastante do seu próprio eu. Muitas crianças já nascem com este modelo pronto, se tornando jovens reféns de um pensamento limitante e mórbido, sem que lhes seja apresentada uma saída.
E quando tudo isso ainda descamba para a necessidade de mentir para o companheiro, pode ser a porta de entrada para a desconfiança, pois dinheiro na verdade tem muito mais a ver com a emoção e a confiança do que com algo lógico e simplesmente numérico. Inverdade é sempre inverdade, mesmo que seja uma semente pequena, pode germinar e se transformar em uma erva daninha dentro de um relacionamento, minando-o. Vamos prestar sempre atenção nas pequenas coisas...
Bom, a creche e as piriguetes vão ficando para depois.
Grata pela atenção

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

SORTE - Reflexões de quinta (feira :)

Quase todas as quintas em que participo do programa Encontro com Fátima Bernardes, os assuntos parecem se alongar para além da tela. Fico com vontade de falar algumas coisas que pelo ritmo e tempo do programa, além do espaço que deve ser dado a todos, não cabem. Então inauguro hoje o espaço REFLEXÕES DE QUINTA (FEIRA) aqui no blog mesmo, pois quem gosta de assistir vai poder ler um pouquinho mais e saber o que eu queria ter dito a mais mas não disse. E sempre tem coisa, pois como uma legítima geminiana (gosto de astrologia mesmo) boas conversas como aquelas nunca se esgotam.
Bem, ontem falamos de SORTE, tema muito interessante. Os convidados falaram bastante a respeito de como boas palavras e boas atitudes podem trazer a sorte para mais perto de nós.  Mas eu quero acrescentar a isso os bons sentimentos que precisamos cultivar em nossos corações para trazer mais sorte. A inveja de quem tem sorte por exemplo, é um dos sentimentos mais negativos que existem no universo, e sinceramente não acredito em inveja branca, inveja por si já traz na raiz da palavra o desejo de tirar do outro algo que se quer para si. Mas se não seja possível tomar o objeto, pessoa ou situação invejada, persiste o desejo que a pessoa perca o que tem.
Obviamente um sentimento como a inveja traz a força da destruição, da desolação, da sombra, da amargura e etc. Pois a alegria de ver alguém perder algo, faz com que aquele que inveja carregue perda como situação ilusória de alegria, logo, ele mesmo está mandando para a sua mente e espírito que alegria é perda, logo, ele mesmo não vai ter nada, e por não ter nada vai continuar sempre invejando, gerando um círculo vicioso sem fim que consome vidas e afasta as oportunidades de sorte. A sorte sempre está ligada a sentimento e atitudes positivas. E definitivamente a inveja não é positiva.
Então, se quer ter sorte, não inveje a sorte do outro, se alegre, tenha admiração, pois pode aprender com ela a chegar onde a pessoa admirada chegou, a admiração é construtiva, inspiradora e faz com que se gaste  energia procurando melhorar a própria vida ao invés de destruir a do outro e a sua própria.
Grata pela sua atenção e bom fim de semana para todos nós.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A PORTA E O CROCODILO - A solução pode estar onde você menos imagina, calma.

Vou partilhar com vocês uma história que as pessoas costumam gostar muito quando a conto. É o Seguinte:
Existe um documentário chamado "O Olho de Hórus" a respeito da sabedoria hermética do antigo Egito. Está entre os meus favoritos, e em um dos capítulos há uma descrição de uma iniciação (das muitas que existiram durante os séculos) pela qual passavam os discípulos de um templo de uma escola  de mistérios, para chegar ao grau de sacerdotes. O treinamento no templo consistia principalmente em ter o controle sobre as próprias emoções, não se deixar dominar por elas. Principalmente pelo medo, e o maior dos medos: o da morte. Deveriam ter a consciência de que esta vida é apenas uma de muitas que se destinam a fazer o ser humano passar por lições de evolução, e que a morte era parte do ciclo da vida e do renascimento.
O aspirante deveria entrar em uma abertura estreita - da qual não fazia ideia da existência - que dava em um poço com água pouco iluminado e sua missão era encontrar uma saída, mas se voltasse por onde tinha entrado teria fracassado. Uma vez lá dentro, era avistada uma luz, para onde obviamente as pessoas se dirigiam. Mas quando chegavam lá, se deparavam com um enorme crocodilo bloqueando a passagem, era impossível seguir em frente. Muitos eram dominados pelo pânico e voltavam imediatamente por onde haviam entrado. E ninguém poderia recriminá-los por isso. Pense bem, você faria diferente? 
Bem, se fizesse mesmo, talvez fosse um dos poucos que dominando o medo, olhavam para os lados e percebiam uma porta discreta, mas de bom tamanho, que com uma leve pressão se abria facilmente revelando a verdadeira saída.
Bem hoje em dia já não existem estas provas, pelo menos não com crocodilo e tudo. Mas pense bem se na sua vida você já passou, ou está passando, por situações tão difíceis que se assemelham muito ao dito crocodilo. Que despertam pânico ao ponto de fazê-lo tomar atitudes precipitadas e equivocadas, ou fazem com que desista de seguir em frente por medo?
Um sábio amigo uma vez me disse "Os piores momentos são aqueles exigem mais calma e tranquilidade". Desta forma provações podem se converter em oportunidades de crescimento, e talvez sempre o tenham sido, mas ainda não tínhamos tido cama o suficiente para perceber.que é um teste para nos tornarmos cada vez mais mestres de nós mesmos.

PS: O crocodilo era criado desde filhotinho pelos sacerdotes, e era muito bem alimentado além de ser induzido ao sono na hora das provas, logo, o perigo real era bem menor. A solução pode estar onde você menos imagina, na calma.