Hoje, colocando os meus emails em dia, vi algumas mensagens que falavam a respeito do atual BBB. Como eu me nego terminantemente a ver tal programa, não estava muito por dentro do que rolava por lá, mas os e mail me colocaram a par. Mesmo sem querer assistir a tal espetáculo aviltante, ele chegou até mim. Na verdade nunca acreditei muito naquele ditado que diz "O que os olhos não veem o coração não sente". Para quem já percebeu que nós seres humanos estamos todos conectados uns aos outros de alguma forma, sabe também que tudo o que acontece, principalmente um fenômeno de massa como esse, não deixa de afetar a todos nós. É como a poluição jogada no ar, como se fôssemos fumantes passivos ou coisa assim. Para mim esta edição foi como um quisto purulento que vinha crescendo sem que lhe dessem atenção e agora rompeu, deixando a mostra a podridão humana. Gostei disso. Desde o início já se via que tudo era armado para deixar eclodir a sombra do ser humano, mas agiam como se fosse uma competição normal, saudável. Sinto que mesmo que eu não assista algo assim, e não deixe que meus filhos o façam, os valores, ou a falta deles apregoadas pelo programa empesteiam os comerciais, jornais bancas de revistas e conversas nas rodas de amigos. Na verdade eu não acredito, como muitos dizem, que o BBB é um perversor de mentes. Não, ele não é o agente, ele ao contrário é fruto de mentes pervertidas e afastadas do que é realmente o objetivo da vida, da evolução espiritual do ser humano.
As coisas não me assustam por não querer ver o lado negro do ser humano, pois trabalho com isso há muitos anos e já ouvi muitas coisas. Mas quase todos que se sentam na minha frente estão,apesar de tudo, querendo alimentar o lado luminoso, querendo ter uma vida mais plena, deixar de alimentar os monstros. O que me dói é ver que muitos estão é querendo alimentar a fera com os próprios semelhantes, alimentar o vício de viver em meio a fofocas e intrigas, ao invés de gastar tempo olhando para dentro e vendo seus próprios defeitos no intuito de melhorar.
Mas por incrível que pareça, acho que ter chegado ao insuportável ponto que chegou é bom, pois como sempre digo: é vendo claramente a situação que podemos procurar uma solução.