sábado, 5 de janeiro de 2013

"É o caminho mais fácil." "Tem certeza?"

Este foi o trecho da conversa que tive com um paciente esta semana, mas não foi a primeira vez que tive conversas assim. É muito comum as armadilhar psicológicas, emocionais e espirituais se revestirem de aparente facilidades para fazer com que a pessoa enverede por caminhos que na verdade são os mais dolorosos e frustrantes. Muitas facilidades são a dificuldade e no medo de enfrentar desafios e se responsabilizar por decisões. 
Desta formas as pessoas mantêm trabalhos que as deixam infelizes,  continuam relacionamentos por comodidades financeiras e carências, não iniciam relacionamentos com medo do término, não iniciam um estudo com medo de não serem aprovados, não falam em público quando na verdade têm muito a dizer e etc. A lista é longa. E o que parece ser o mais fácil, manter, calar, se torna muito mais difícil, pois emocionalmente uma grande quantidade da  energia vital que traz cor entusiasmo e alegria se esvai na manutenção da pretensa normalidade, na negação constante da insatisfação e do amargo sentimento de fracasso, que na maior parte das vezes se cristaliza em uma doença física. Isso sim é uma vida difícil, na qual a pessoa nega a si mesmo o direito de pensar em lutar para expandir os horizontes, nega a si mesmo o direito humano de errar quando está querendo acertar, o direito de viver. 
A vida realmente não nos oferece garantia de acertos, mas a probabilidade de 50% atende aos dois pólos: quem fica pensa nos 50% de chances de que pode dar errado, mas quem vai pensa nos 50% de chance de dar certo. Na verdade boa parte da vida sempre está em nossas mãos e em nossas cabeças.
Que neste ano que se inicia exista coragem em nossos corações e mentes para mudarmos o que precisa ser mudado, sim, dá tempo.
Bom ano.

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