“O grande é como o pequeno, e o de cima é como o de baixo, o
de fora é como o de dentro” Princípio da correspondência. O Kibalion Hérmes
Trismegisto
E o que uma coisa tem a ver com a outra? Absolutamente tudo.
Toda movimentação externa, tem o seu correspondente interno, pois afinal de
contas, ao contrário do que possam imaginar ou querer acreditar alguns, vivemos
em um sistema, tanto no nível físico e biológico, quanto no psicológico e
espiritual. Não há como uma situação social e política desta magnitude ocorrer
apenas do lado de fora. Nunca é assim. Como trabalho ouvindo a vida única de
cada ser humano, esta realidade salta aos meus olhos de forma muito nítida. Se
tomarmos consciência desse fato, podemos aproveitar esta força de renovação
para transformar velhos hábitos dentro de nós mesmos que minam nossa energia
vital porque muitas vezes queremos atribuir ao nossos “pequenos vícios” um nada
demais. Não falo apenas da corrupção do flanelinha, do guarda de transito, das
compras pessoais que entram na nota da empresa, mas da pior das corrupções que
é trair a si mesmo. Quando a pessoa corrompe seus próprios princípios costuma
acreditar na impunidade, pois se ninguém sabe o que eu fiz, então é como se eu
não tivesse feito. No melhor estilo “O que os olhos não veem o coração não
sente”. Sente sim e como sente... O seu coração sente, pois seus olhos viram.
Quando isso acontece, pessoas que prezam por fidelidade e traem, estão traindo
a si mesmas, pelo simples fenômeno newtoniano que no campo da física clássica
já fala da “ação e reação”. E na
premissa de que “O de cima é como o de baixo”, no nível de cima ela se chama
lei do retorno, merecimento ou karma”. Tudo o que se faz de ruim ao outro na
verdade só está sendo feito contra si mesmo. É justo e correto bradar por
justiça, mas ao fazer isso, lembre-se que a palavra justiça não é algo que se
aplica apenas ao governante, a quem está fora (existe fora?) é um apalavra que
atravessa tudo e todos em toda e qualquer instância, inclusive no que diz
respeito ao “pequenos” delitos de cada um. Se chamar a justiça ela vem, mas não
se preocupe, se não chamar ela vem também.
Então ao exigirmos clareza na política, vamos exigi-la
dentro de nós mesmos, vamos banir o corruptor interno, que desvirtua o Eu fingindo que não existe porque ninguém vê. Veja você, haja de acordo com
os seus princípios, tenha princípios válidos, e um dia a corrupção no mundo
deixará de existir.
Simples assim, mas o simples nem sempre é fácil.
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