segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Peço-lhe que tente ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e como livros escritos em uma língua estrangeira. Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las.
(...)
Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas".

(R.M.Rilke, in: "Cartas a um jovem poeta", p.43)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A luz interior e o apagão da zona sul.

Estou vivendo nas derradeiraqs 24horas o apagão parcial de alguns bairros da zona sul, que por obra do destino emgloba a minha residência. Fazer o que?
Pois é isso mesmo, fazer o que quando 8 horas já está tudo escuro e nada de tv, computador e nada de livros, pois a única iluminaçao é a de velas? Percebi que sem ter o que causar distração o ser humano é imediatamente compelido a reflexão, a estar consigo mjesmo. Ainda que haja alguém ao lado, as conversas que surgem são imediatamente mais introspectivas. Para alguns esta situação pode se tornar bastante incômoda, pois fogem a qualquer custo de tudo que possa fazê-los pensar na vida, são aqueles que quando chegam em casa ligam imediatamente a tv ou o computador para que de forma alguma a voz interior possa ter forças para emergir, existe o medo do que ela possa nos contar a nosso respeito...
Assim, no escuro tecnológico, passa a existir a condição de ver brilhar a luz interior, de olhar para dentro, já que fora tudo se cala.
Enfim, dentro de toda experiência existe uma oportunidade.
Vizinhos, vamos aproveitar!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão

Guardadas as importantíssimas questões sócio-econômicas que cercam a temática, estive pensando em um nível bem mais abstrato do fenômeno do apagão.
Após noticiários que apontam para o fato de nosso país não ter outras fontes energéticas geradoras de eletricidade, bem como incontáveis demonstrações felizes de usinas de captação de energia eólica e solar nos EUA, chegando até a tão controvertida usina nuclear (e como vai a usina de Angra mesmo?), fiquei com a seguinte impressão: como é realmente complexo esperar que uma só fonte possa cobrir, sem falhas, toda a demanda de um país.
Transpondo tal observação para o plano subjetivo, ficou assim: o que fazer quando se deposita todas as expectativas em um âmbito da vida e este falha? Sim, pois existem muitas pessoas que colocam tudo de si em uma só coisa, seja num relacionamento, seja num trabalho e ficam sujeitas a um verdadeiro "apagão" (colapso) quando algo não sai bem como o planejado.
A força das águas em muito me lembrou o aspecto econômico/dinâmico da estruturação psíquica.
O afluxo do inconsciente necessita do ego como estrutura mediadora entre o que desejamos e o que efetivamente podemos realizar dentro da realidade. Cada instância da vida humana tem sua razão de ser, sua especificidade.
De modo que temos mesmo é de diversificar nossa produção, apostar com criatividade.
A aquisição de outros meios para obtenção de realizações é parte importante desse processo subjetivo.
Otimização dos recursos externos e internos: assunto da pauta de hoje.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Cada dia como se fosse o ultimo II

Para viver é importante ter objetivos.
Mas A Vida em grande parte é tudo aquilo que acontece antes de chegarmos aos nossos objetivos, e só poderemos encontrar felicidade se amarmos tanto o caminho quanto a chegada. Caminhemos sempre.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Luz, Paz e Amor

Filho,
Eu também te amo maior que esse prédio.
Feliz aniversário.
"Viver cada dia como se fosse o último"

O entendimento mais comum dessa "máxima" recai sobre o sentido de viver cada dia com tamanha intensidade que cada minuto seria plenamente aproveitado.
Pois bem, a frase supracitada surgiu em minha consciência de súbito, hoje à tarde e pude, então, contemplá-la com outros olhos.
Assim, cheguei ao pensamento de que quero mesmo poder viver cada dia como se fosse o último, desde que isso seja entendido como um viver com a consciência de dever cumprido de uma vida. Já pensou?
Poder viver o hoje com a conquista de ter cumprido todo o percurso possível? Viver o presente sem lançar-me ao amanhã, visto que este, agora, é quem se encarrega de conduzir-me, e não eu a ele, como comumente fazemos ao planejar e antecipar "amanhãs".
Viver o hoje como se fosse o último dia e saber, ao acordar no amanhã, que ainda assim existe sentido para ser para além do que individualmente realizei...



quarta-feira, 4 de novembro de 2009