terça-feira, 1 de junho de 2010

A ilusão da imparcialidade.

Existem momentos em que eu gostaria de acreditar que o lugar do psicólogo é o da tão almejada imparcialidade. Seria muito fácil crer que em terapias nas quais nos posicionemos apenas como ouvintes meneando a cabeça de vez em quando ajudassem alguém. Obviamente um psicoterapeuta não está no lugar de dizer ao paciente o que deve ou não ser feito, mas isso é bem diferente de não se colocar de forma mais clara frente a questões que realmente farão diferença na vida de alguém. E isso faz com que a responsabilidade do tratamento, da profissão escolhida se apresente com toda a sua beleza e todos os seus riscos, sem floreios, sem a ilusão, sem aquela peneira da imparcialidade na qual alguns costumam se esconder quando o calor do sol aumenta muito.

Como dizia o velho Jung, o relacionamento de duas psiques, de dois seres humanos, é o que move a terapia.

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