Um dia destes, estava vendo um filme do Harry Potter, no qual a cicatriz que o menino carregava na testa era um sinal que o lembrava do amor de sua mãe que foi capaz de dar a vida por ele, e este amor era o verdadeiro escudo do garoto contra as forças das trevas. Esta ficção na verdade, falava de forma quase mítica de uma verdade profunda, quando se tem o amor de uma mãe, mesmo que ela já não esteja mais presente, o fato de ter sido tão amado por alguém permanece na psique de forma marcada e profunda, fazendo com que por mais que o mundo coloque uma pessoa a prova, a auto estima permaneça, e lá no fundo algo de inabalável permanece, fazendo base para que a pessoa se reerga apesar dos revezes da vida.
Já o inverso também é verdadeiro, muitas pessoas com a vida relativamente tranquila e sem solavancos, demonstram fragilidade e baixa auto-estima, e na maior parte destes casos, mexendo lá no fundo, encontramos a sensação de não ter sido amado, de ser desamparado, são os casos dos órfãos de mães vivas. Estes precisam se superar e encontrar dentro de si mesmos a energia de uma mãe arquetípica, ou divina que existe para todos nós, e mesmo em aparentes calmarias, podem levam mais tempo para se reerguer que os outros em tempestades.