Um paciente esta semana estava se perguntando o porque de não conseguir seguir em frente com os seus projetos pessoais, mudanças e transformações que eram urgentes e obvias no campo racional. Se a razão ditava por que afinal de contas ele não obedecia a si mesmo? Além disso, também não conseguia reconhecer suas qualidades como marido e pai de família por mais que as evidencias o apontassem como tal.
Obviamente a resposta não estava no nível racional. Algumas semanas depois, quando falávamos a respeito da sua adolescência, um período muito difícil em casa e na escola, durante o qual tudo o que ele fazia era desmerecido e tido como um fracasso, ele confessou sentir ódio daquele adolescente, que queria matá-lo de vez, pois ele era uma vergonha e o atrapalhava até os dias de hoje. Ele parecia falar de outra pessoa.
Depois que a descarga emocional inicial foi liberada, perguntei a ele se o seu filho na adolescência por ventura passasse pela s mesmas dificuldades que ele falou, se ele diria estas palavras e agiria com ele como tal?
"Claro que não" me respondeu. Perguntei então a ele por que o adolescente que ele era, e que não iria morrer sem que ele fosse junto, não merecia um abraço, apoio, crédito e principalmente amor? Será que ele já não tinha sofrido muito com as represálias paternas?
Amar a si mesmo, amar ao próximo como a si mesmo, é algo que ouvimos com bastante frequência, mas dificilmente sabemos do que realmente se trata, ouvimos como uma ordem, mas na verdade é uma chave para vida Só somos capazes de amar o próximo quando amamos a nós mesmos e nos tratamos com carinho, pois somos o ser mais próximo de nós mesmos, e quando nos tratamos com amor, este amor irradia para os outros próximos e promove verdadeiras transformações, pois liberta o espírito.
Lindo, Tatiana!! Preciso aprender mais a amar o próximo...
ResponderExcluirSempre aguardo ansiosa suas postagens!
Abraços!