sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A alface, o fast food e o antidepressivo. Reflexões a respeito da paciência.


Quando muitas vezes dizemos que as pessoas precisam entrar mais em contato com a natureza, a primeira coisa que costuma vir a cabeça das pessoas é um hotel fazenda com uma baita infra para relaxar... E depois de ter passado um bom final de semana podem voltar e começar a se estressar de novo. É uma relação quase consumista, sem que de fato tenham se conectado com a natureza, nada realmente aconteceu. Tudo continua extremamente imediatista e desconectado da própria natureza humana - que não à toa se chama natureza. E assim, tudo se torna precipitado, frágil e artificial, desde relacionamentos, conversas, trabalhos e a alegria e a alimentação. Come-se fast food imaginando-se que é alimento, toma-se antidepressivo imaginando-se curado e feliz, fica-se na night imaginado-se amado e assim por diante. 
E a alface? Bem, a alface é a cura. Mas para que funcione não basta comprar as folhas, é necessário pegar as sementes, plantar, regar e esperar, esperar e esperar... As alfaces crescem bem rápido, mas para quem vive tão desconectado de tudo, chegará até mesmo a duvidar de que de fato algo irá crescer, pois se o resultado não é imediato, logo não existe. Persista segure a ansiedade e será uma alegria sem fim quando o broto aparecer, você ainda não pode come-la, tudo tem sua hora, há de zelar pelo pezinho. No dia em que ele estiver no ponto, coma antes de dormir, pois ainda por cima é um calmante natural.
Depois disso, talvez você tenha começado a compreender que como no caso da alface, tudo na nossa vida tem seu tempo, e cresce, mesmo que ainda esteja longe das nossas estreitas vistas.






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