sábado, 14 de dezembro de 2013

O egoista, o carente e o bom cristão - Reflexões natalinas.

O Natal vem chegando. E me perdoem os fãs de Papai Noel, mas Natal mesmo é o aniversário de Jesus. É a data antiquíssima na qual desde antes de cristo já se celebrava o ciclo de renovação do nascimento da Criança Divina em diversas culturas, logo, um bom dia para ele nascer.  As pessoas que não querem admitir que estão comemorando esta data dizem que é apenas um momento de família, trocam presépios por Papais Noéis, trocam orações por presentes, reflexões profundas por enbriaguês e etc. Mas não adianta, Natal é a comemoração do nascimento de um ser sobrehumano.
Em homenagem à data, vejamos o que já dizia o psicólogo que viveu há dois mil anos: "AMAI AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO". Pois é, essas são as apalavras mais famosas do Nazareno e pouca gente segue, até porque pouca gente entende, logo não cumpre. Ou se ama mais o próximo que a si mesmo, ou ama-se mais a si mesmo que ao próximo. Em um caso está a baixa auto estima, e do outro o egoísmo. Duas faces da mesma moeda. A moeda se chama carência, a necessidade de ser amado a qualquer custo. De um lado os que extorquem os outros como saco sem fundo devorando atenção, favores e atenção alheia para sobreviver, como um monstro devorador de amizade, altruísmo e humanidade. E do outro, a necessidade tão grande de ser amado que se anula com medo da rejeição, sempre a espera de uma migalha de reconhecimento. De um lado da moeda a face da vítima, do outro a do algoz.
A carência nasce da crença errônea de que as pessoas precisam se abastecer exclusivamente umas das outras . E a verdade é que nenhum ser humano é capaz de abastecer completamente o outro. A verdadeira fonte de Luz, Paz e Amor transcende aquilo que é simplesmente humano, embora o ser humano possa - quando é realmente humano-  refletir em seu ser este encanto divino. Quando entendemos o que é o amor e de onde vem o amor, aprendemos a respeitar limites, os dos outros, e também o nosso. Doamos sem nos empobrecer e recebemos sem extorquir. Descobrimos que a fonte do verdadeiro amor é infinita, que por isso nos tornamos capazes de dar sem esperar receber. Entendeu? É o encanto que o verdadeiro Natal traz para os corações e mentes daqueles que se dão o direito de se abrir para algo que está além dos olhos, além da lógica e além dos formatos frios e pré estabelecidos que por vezes revestem a imagem deturpada do divino. O reanascimento divino brilha dentro e fora de nós, envolve a todos, abastece a todos, e nos faz dar mais sem esperar receber.

Um comentário:

  1. Gostei muito da reflexão. Esse espírito reforçado no Natal independe da comemoração da data, é preciso que deixemos o arquétipo falar em nossas vidas, deixar que ele nos ilumine. Assim poderemos refletir sobre nosso lugar no mundo e sobre nossa relação com os outros. Um mito tão intenso, não sobreviveria por tempos imemoriais se não fosse real e vivo. As religiões infelizmente, institucionalizadas e que abraçam o consumismo desenfreado, rumam para o caminho contrário da grandeza do Filho de Deus, mas também acho que num geral as religiões refletem a urgência do mundo atual, do imenso egocentrismo reinante na vida do homem moderno.

    ResponderExcluir