domingo, 18 de dezembro de 2016
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
domingo, 30 de outubro de 2016
domingo, 9 de outubro de 2016
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
domingo, 17 de julho de 2016
Relacionamento prego X Relacionamento fita adesiva.
Esta semana estava arrumando o meu consultório, e resolvi mudar de
lugar os meus queridos quadrinhos pintados por Duda Aquino, além de colocar
outro na parede. Foi quando me vi diante de um dilema: colocar pregos ou a
moderníssima fita adesiva de dupla face? De fato ainda não a havia
experimentado, mas já ouvira falar dela em verso e prosa como uma revolução no
mundo da decoração, com a promessa de nunca mais ter que danificar paredes com
pregos, ou melhor: correr o risco de martelar o dedo dentre outras maravilhas.
Pois sim, comprei um rolinho toda feliz e mãos à obra - gosto muito de fazer
esse tipo de coisa, inclusive instalar luminárias, tomadas e afins.
Colei tudo direitinho. Bom, mais ou menos,
até Bianca - minha sócia e grande amiga - entrar e com aquele olhar de águia
chatinho dizer: amiga, tá torto... Ai! Quando olhei a distância vi que ela
tinha razão. Foi quando o pânico se instalou: E agora, é fita! Se fosse prego
um tapinha, uma batidinha de martelo em direção ao ponto cardeal desejado e ok.
Mas tivemos que com muito custo removê-lo.
E adivinhem o que aconteceu? O reboco veio
todo junto!!! Como desejei imensamente que fosse um singelo e tradicional
prego, com aquele furinho gentil que dá para esconder com pasta de dente
barata. Mas não, tinha um quadrado sem reboco na minha parede, uma cicatriz indisfarçável que só seria reparada por um profissional. E como se não bastasse, tudo isso ficou preso como um grude difícil de limpar no verso do meu quadrinho.
Foi quando pensei nos relacionamentos
superficiais tidos como um grande avanço do comportamento amoroso (?) humano.
São como essas fitas, que embora superficiais, fáceis de manejar e aparentemente flexíveis, não se
prestam a ajustes, e quando a inadequação é percebida, ao serem removidos levam
embora um pedaço da alma, deixando uma ferida exposta difícil de curar sem um
profissional. Ou um grude difícil de se livrar.
Já os relacionamentos profundos, conservam em si algo de tradicional que lembram os pregos, dão um pouco de trabalho,
mas depois disso, por atuarem em profundidade, são mais estáveis, confiáveis e até algo
flexíveis, pois em várias ocasiões se prestam à remoção para serem recolocados ao invés de descartados, sem contar que nesses casos a marquinha é mais facilmente reparável.
Agora lá estão os quadrinhos, presos com pregos que os sustentam com gentileza e doação pois certamente não os danificarão.
Reflexão: Nem todas as inovações são para
o bem da humanidade.
sábado, 28 de maio de 2016
O Amor e a Sombra
Na
terça feira, como alguns já sabem, nos reunimos de forma bela e harmônica para
falar de alquimia e amor verdadeiro, de complementariedade. E eis que na mesma
semana a sombra que não dorme se apresentou com um golpe duro que feriu a alma
feminina e de tudo o mais que possamos chamar de humano no sentido mais elevado,
causando desequilíbrio nos corações e mentes. Falamos desta citação de Carl
Jung:
Onde o amor impera, não
há desejo de poder e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do
outro.
Só
haverá paz e amor verdadeiro quando houver o perfeito equilíbrio entre os
opostos complementares em todos os níveis. Disso já falavam os sábios
alquimistas, que reconheciam este como o único caminho para transformar tudo
que nos cerca no mais puro ouro.
Só
haverá paz e amor verdadeiro entre as famílias, a sociedade e o mundo como um
todo quando o feminino deixar de ver e ser visto como sinônimo de fraqueza e
vulnerabilidade, e as mulheres dentro de sua força e beleza não tiverem mais motivos
para temer e repudiar o masculino. Por essa mesma via, os homens precisam
compreender que quando ferem o feminino que os acompanha, ferem a si mesmos, a
mãe que os gerou e a filha que será gerada e a integridade da própria alma.
domingo, 22 de maio de 2016
quinta-feira, 17 de março de 2016
sábado, 12 de março de 2016
FORA CORRUPTOR DO ESPELHO! - As leis de Newton e Hérmes Trismegisto.
“O grande é como o pequeno, e o de cima é como o de baixo, o
de fora é como o de dentro” Princípio da correspondência. O Kibalion Hérmes
Trismegisto
E o que uma coisa tem a ver com a outra? Absolutamente tudo.
Toda movimentação externa, tem o seu correspondente interno, pois afinal de
contas, ao contrário do que possam imaginar ou querer acreditar alguns, vivemos
em um sistema, tanto no nível físico e biológico, quanto no psicológico e
espiritual. Não há como uma situação social e política desta magnitude ocorrer
apenas do lado de fora. Nunca é assim. Como trabalho ouvindo a vida única de
cada ser humano, esta realidade salta aos meus olhos de forma muito nítida. Se
tomarmos consciência desse fato, podemos aproveitar esta força de renovação
para transformar velhos hábitos dentro de nós mesmos que minam nossa energia
vital porque muitas vezes queremos atribuir ao nossos “pequenos vícios” um nada
demais. Não falo apenas da corrupção do flanelinha, do guarda de transito, das
compras pessoais que entram na nota da empresa, mas da pior das corrupções que
é trair a si mesmo. Quando a pessoa corrompe seus próprios princípios costuma
acreditar na impunidade, pois se ninguém sabe o que eu fiz, então é como se eu
não tivesse feito. No melhor estilo “O que os olhos não veem o coração não
sente”. Sente sim e como sente... O seu coração sente, pois seus olhos viram.
Quando isso acontece, pessoas que prezam por fidelidade e traem, estão traindo
a si mesmas, pelo simples fenômeno newtoniano que no campo da física clássica
já fala da “ação e reação”. E na
premissa de que “O de cima é como o de baixo”, no nível de cima ela se chama
lei do retorno, merecimento ou karma”. Tudo o que se faz de ruim ao outro na
verdade só está sendo feito contra si mesmo. É justo e correto bradar por
justiça, mas ao fazer isso, lembre-se que a palavra justiça não é algo que se
aplica apenas ao governante, a quem está fora (existe fora?) é um apalavra que
atravessa tudo e todos em toda e qualquer instância, inclusive no que diz
respeito ao “pequenos” delitos de cada um. Se chamar a justiça ela vem, mas não
se preocupe, se não chamar ela vem também.
Então ao exigirmos clareza na política, vamos exigi-la
dentro de nós mesmos, vamos banir o corruptor interno, que desvirtua o Eu fingindo que não existe porque ninguém vê. Veja você, haja de acordo com
os seus princípios, tenha princípios válidos, e um dia a corrupção no mundo
deixará de existir.
Simples assim, mas o simples nem sempre é fácil.
domingo, 6 de março de 2016
PREDADORES EMOCIONAIS - Os 10 passos do ataque.
Esta semana muitas coisas aconteceram – como sempre – e a
cada uma delas eu pensava: Vou escrever a respeito disso. Não, é sobre aquilo!
Até que por fim, a derradeira conversa da semana venceu. (Queria escrever algo mais suave, filosófico, mas fica para a próxima, prometo).
Mais uma vez eu estava
escutando uma pessoa em busca de recuperação após um envolvimento doloroso. E
não foi nem o primeiro, nem o segundo nem o terceiro caso da semana. Eis que a
história contada por homens e mulheres de diversas idades, meios e interesses diversos
atingiam contornos quase arquetípicos: Foram retalhadas por predadores
emocionais. Eis aqui os passos que configuram o ataque, veja se isso te diz
respeito.
1-
Os pacientes em questão possuem boa índole, capacidade de doação e o
desejo de ter um relacionamento sério. Um dia conhecem uma pessoa, o predador.
De início não se interessam muito por elas - até uma leve repulsa quem sabe...
Mas ok.
2-
O predador insiste em ter algo a mais, então
pensam “por que não?”
3-
São emitidos nítidos sinais de que há algo de
verdadeiro, de valor.
4-
O tempo passa e nada de namoro.
5-
O tempo passa e ainda nada de namoro. Afinal,
estamos nos conhecendo.
6-
Depois que se conhece tudo, tudinho mesmo que se
tem para conhecer por dentro e por fora, do avesso e do direito, o predador que
insistia em ter algo diz que as coisas estão indo muito rápido. É a hora de
frases “Você é muito especial, mas não estou em condições de ter um
relacionamento ainda.” ???
7-
Surge a pergunta “Mas o que estávamos tendo
então?’
8-
Descobre-se que ele ou ela estavam saindo com
várias pessoas ao mesmo tempo, não haviam contado, mas também ninguém
perguntou... Afinal não temos nada.
9-
Vem a fatídica proposta de predador “Podemos
continuar assim mesmo”
10-
Vem a lúcida resposta “Não”. (Assim espero!)
Se isso já aconteceu – ou infelizmente anda acontecendo com
você – Sabe o quanto é duro, mesmo após ter mantido a dignidade, ir para um
canto lamber as feridas do que para você possuía os contornos de um
relacionamento de verdade.
Resta sempre a pergunta do motivo pelo qual as pessoas mais
legais são vítimas dessa espécie de ataque, e a resposta é que isso acontece
com quem possui algo para dar. Mas que se encontra tão ávidas para construir
algo que acabam ingenuamente apostando fichas nos famosos predadores
emocionais. Sim, e eles são muitos, como uma epidemia de zumbis assolando as
cidades e as noites, sabem o que dizer e principalmente, sabem como seduzir a
presa. Mas há de lembrar que à primeira vista algo dentro de você, que não dá
para determinar direito o que é, algo no campo da intuição, já tinha lhe feito
eriçar os pelos em sinal de alerta, mas o predador interno chamado carência mandou-o
esquecer isso e disse “Quem sabe?”
Já pensou quantas vezes seus limites foram brutalmente
invadidos, pois o outro o fazia crer que ceder era flexibilidade quando na
verdade era apenas abuso? Que hoje em dia é assim, que seus valores são
antiquados e irreais?
Se isso acontece muitas vezes faz-se necessário um exame
profundo do que realmente você está procurando para a sua vida, e principalmente
do valor inconsciente que atribui a você mesmo. E ainda, se de fato quer um
relacionamento, pois pessoas de má índole garantem um não relacionamento, e a “certeza”
de que você mostra para o mundo que tenta, mas a vida é injusta...
Seja por ingenuidade ou uma programação estranha oculta na psique,
faça o que puder para se recuperar, compreender a fundo o que está acontecendo,
para que isso não aconteça mais, e você tenha o que você procura, um bom relacionamento.
Eles existem, e um bom caminho para encontra-lo é amar a si mesmo com a mesma
capacidade que você já tem de amar o próximo.
Ah! passoas legais existem! Em maior número do que você imagina, dou minha palavra. O segredo é mudar a sintonia e saber onde procurar.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Anestesia psicológica e cinema. – Observe os sintomas.
Síndromes contemporâneas.
Lembro que a primeira que vi o
filme de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica, me senti profundamente perturbada
com a brutalidade de Alex de Large e seus amigos. Mesmo assim, arranjando
estômago por muitos semestres sugeri o filme como tema de trabalho para meus
alunos, pois ele levantava críticas e questões que davam muito o que pensar.
Lembro também de quando vi Psicose de Alfred Hitchcock, nossa o que foi aquilo!
Bom, é o que foi aquilo mesmo,
porque hoje isso não é mais nada. Virou fichinha perto do capítulo mais terno
de Game of Trones e Ao lado dos
filmes que contam O Exorcismo de Cicrana, Fulana e Beltrana, Normam Bates até
que é um cara normal, afinal o coitado não tinha uma mãe legal, dá pra
entender. Tem até uma série que explica direitinho.
Recentemente fui ver o mega
indicado ao Oscar: O Regresso. O título é extremamente apropriado, porque desde
a primeira cena eu só pensava em sair dali e regressar para casa. Não fui
porque para minha aflição os acompanhantes não demostraram o mesmo sentimento.
Não demostraram por puro estado de choque como vim a descobrir no fim do filme,
assim como toda a plateia. Então fiquei, como um teste de resistência
psicológico, onde eu tinha a nítida sensação de que o objetivo principal não é
contar uma história, é mexer com os nervos, incomodar ao máximo o espectador,
para testar, agredir, conseguir enfim comove-lo com alguma coisa, mesmo que
seja com a ultraviolência, porque sexo já não escandaliza mais ninguém, por
isso houve o advento dos 50 tons de cinza e afins. “Agora vai! Agora eles vão
ficar escandalizados de verdade” animam-se os produtores. Nesse festival
psicopata escuto ao fundo a voz de Quentin Tarantino esbaforido, correndo e
gritando: Espera aí que eu estou chegando, vocês vão ver só o que eu consigo! Iñárritu
responde: Não adianta botar os bofes pra fora, já fiz isso no meu filme com o
Leonardo e um cavalo!
Na verdade o engraçado é que não
tem graça nenhuma. Todos estes filmes e muitos outros atraem milhões de pessoas
ao cinema, ou diante das televisões, se expondo sem filtro algum a vivenciar
através do nosso mais contundente sentido uma realidade que em sã consciência e
equilíbrio mental ninguém desejaria para si. Escuto a todo momento as pessoas
dizendo como desculpa: “Mas a história é interessante”. Na verdade é difícil
assumir, ou mesmo compreender que as pessoas desejam sentir medo, nojo e
aversão. A nossa mente, ou alma, como queiram, é alimentada pelas experiências
e percepções que temos, e elas ficam profundamente gravadas na memória, seja
consciente ou inconsciente, se é bom eleva, se é tóxico envenena aos poucos.
As pessoas se encontram
entorpecidas. A vida está sem graça, sem emoção e sem objetivo. Repleta de
Intimidades Superficiais com a família amigos, colegas de trabalho, onde
pode-se até conviver com as pessoas sem que a profundidade da alma possa ser
partilhada. Com o cotidiano ocupado por frenéticos movimentos estagnados, onde
parece haver produção quando se levanta todos os dias para trabalhar e estudar,
mas na verdade nada está realmente acontecendo, o sentimento de vazio e
estagnação é avassalador.
Isso esclarece o enigma do motivo
pelo qual as pessoas andam se comprazendo com espetáculos do gênero, elas estão
desesperadas. Desesperadas porque já não sentem mais nada, querem alguma coisa
da dose mais forte que tenha na prateleira capaz de fazê-las sentir alguma
emoção, mesmo que primária, que os lembrem que ainda são humanos, pois há
tempos que as notícias do telejornal de massacres na Áfricas não valem uma
olhada e as pessoas caídas na rua são o mesmo que um hidrante.
Mas isso acabou virando uma epidemia,
algo semelhante a uma lepra psicológica. Os filhos de uma geração como essa estão
se tornando pessoas extremamente agressivas e desesperadas, na esperança de que
assim possam ser percebidas, mas tudo que acontece é lhe darem uma
classificação, uma sigla correspondente a um transtorno mental que por sua vez
pode ser tratado com uma pílula.
Já perdi a conta de quantos
pré-adolescentes atendi com perturbações psicológicas instaladas após ver um
filme de terror, passaram a ter enurese noturna e não conseguir mais ter um
sono tranquilo sozinhos ou de luz apagada, chegando mesmo a desenvolver o
início da Síndrome do Pânico. “Ah, é uma válvula de escape, assim a pessoa não
coloca isso em prática, sublima vendo o filme ou no vídeo game”. Sério? Então é
mais grave do que pensei, temos uma epidemia de psicopatas em potencial que
precisam ser aplacados com uma produção constante de litros de sangue de
artificial para que não queira ver o de verdade.
E como bem já dizia Jung, toda
doença psíquica é uma tentativa errada de procurar a cura.
Gente, não é por esse lado.
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