segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tão perto e tão distante...

Estes dias andei conversando a respeito de uma pessoa que mesmo próxima é distante. Para quem não entende como ocorre tal fenômeno, é só pensar nas pessoas que nos rodeiam, pelas quais nutrimos afeição, que podemos ver até com bastante freqüência, e conversar durante um bom tempo e ainda assim sairmos do encontro com a sensação de que não estivemos de fato com a pessoa, como se ela estivesse sempre se colocando atrás de um vidro, ou a uma distancia segura para que não possamos de fato tocá-la. Ainda se pergunta como assim? Bom, para muitas pessoas isso já pode ser o bastante, mas para mim existe uma grande necessidade de conversas profundas, daquelas em que mesmo em doses homeopáticas a pessoa revele espontaneamente um pouco de si, que fale a respeito de seus sentimentos, da vida, experiências importantes e que também deseje perguntar algo a meu respeito, estabelecendo uma ponte entre as almas, permitimos tocar e sermos tocados espiritualmente, permitimos trocar. Assim nos enriquecemos mutuamente e sentimos a energia da vida circular, assim fazemos amigos. Infelizmente o fenômeno “tão perto e tão distante” não acontece apenas em ambientes de trabalho e estudo, acontece dentro das próprias famílias, dentro de casa... E quando isto acontece parece que falta vida e brilho. Acredito que as pessoas que se fecham têm medo, medo de se expor, de se machucar, de serem julgadas... Imagino que algumas pessoas ao lerem esta postagem logo se lembrarão de alguém que se encaixa no fenômeno. Sim, mas precisamos sempre do exercício oposto, e examinar bem se por algum motivo não somos nós mesmo que estamos erigindo um muro de vidro ao nosso redor e pensamos que é o outro. Pense bem...

Um comentário:

  1. Sou esse muro de vidro para algumas pessoas.Durante um tempo nutri uma amizade sincera onde expunha de coração meus sentimentos, até perceber que esses sentimentos além de serem mal interpretados eram invejados.Antes que os fatos tomassem uma proporção em que até mesmo a convivência se tornasse inviável, subi o meu muro de vidro.
    Hoje sou cobrada por essas pessoas por ter essa atitude no entanto disfarço culpando a minha falta de tempo.
    Daiany (daianydesouza@yahoo.com.br)

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