Hoje me deparei com uma cena no mínimo interessante. Na livraria de um shopping observei uma mãe com dois filhos: um de uns 4 anos, outro de uns 8 e uma babá. Em dado momento o filho mais novo pediu algo a mãe, não obtendo o desejado chutou-a . Diante do acontecido a mãe nada fez, continuou desfilando por entre as prateleiras. Imediatamente o mais velho surgiu e empurrou o mais novo no chão dizendo: Não bate na mamãe! A mãe continuou de costas fingindo que nada acontecia, ou pior, se afastava cada vez mais fazendo questao de não ver o mais novo aos prantos esticado no chão da livraria. A babá também só observava. Lá pelas tantas disse tranquilamente ao mais velho: Vai dar a mão para o seu irmão que ele está assim por sua causa. Senti a dor não tanto do mais novo, que chorava copiosamente, mas daquele mais velho, deixado ao encargo de dar limites ao irmão mais novo e recebendo mensagens duplas da mãe que o culpou por tomar alguma atitude, que de fato caberia a ela. Quantas vezes nos negamos a ocupar o nosso verdadeiro lugar na vida? Penso que devemos nos empenhar em cumprir verdadeiramente as nossas funções, mesmo que isto demande algum desgaste, mesmo cientes de que ainda assim não alcançaremos a perfeição, mas ao menos sempre plantando bons frutos. Os frutos da indiferença costumam ser um tanto amargos.
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