"Conhece a ti mesmo"
Vez ou outra escuto pessoas dizendo que elas fazem análise para se sentir bem e que esse papo de sair da análise pior do que entrou é indício de que a terapia não vai lá bem das pernas.
Nessas horas fico pensando que tipo de concepção é essa e, por vezes, entendo tal perpectiva como um sintoma social contemporâneo.
A propaganda do cartão de crédito diz que felicidade não tem preço. Não?
O que não tem preço, não tem valor. É a desvalorização humana que está em jogo. Para todas as outras coisas, o cartão compra.
E assim, embalado por toda espécie de ilusão, pacientes chegam acreditando que estão alí para obterem prazer, carentes por reforço egóico do tipo: "Você é o máximo, você é lindo". Não sabem, entretanto, que uma das grandes problemáticas atuais é o rotineiro encontro com sujeitos mergulhados até o pescoço no Ego, inflacionados em si mesmos, melindrosos na lida cotidiana, enfim, pessoas que acreditam que o outro (e aí o psicólogo entra na seqüência) deve dizer o que eles querem ouvir no mais íntimo do seu ser.
E o que a análise faz? Desintegra, na base, o castelo de areia de cada um, como quem encontra, na pedra bruta, a preciosidade que nela jaz.
O cogito "conhece a ti mesmo" incluía uma cara de alegre?
Sair do "narcisimo das pequenas causas" dói. E isso inclui, para os que estão ligado em aparências, em sair da sessão "pior" do que entrou mesmo, não só uma, mas muitas, muitas vezes.
Obviamente, que isso não é uma constante, ou seja, não se sai só assim, mas na justa medida em que o ser humano também não é somente sofrimento.
Também há sessões em que o sujeito se diz mais feliz, mas, lembremos, isso não é benevolência do terapeuta. Isso é conquista do paciente.
Então, ficamos combinados: do sintomal ao sinto bem, sinto muito, mas a verdade não usa cílios postiços.
Vez ou outra escuto pessoas dizendo que elas fazem análise para se sentir bem e que esse papo de sair da análise pior do que entrou é indício de que a terapia não vai lá bem das pernas.
Nessas horas fico pensando que tipo de concepção é essa e, por vezes, entendo tal perpectiva como um sintoma social contemporâneo.
A propaganda do cartão de crédito diz que felicidade não tem preço. Não?
O que não tem preço, não tem valor. É a desvalorização humana que está em jogo. Para todas as outras coisas, o cartão compra.
E assim, embalado por toda espécie de ilusão, pacientes chegam acreditando que estão alí para obterem prazer, carentes por reforço egóico do tipo: "Você é o máximo, você é lindo". Não sabem, entretanto, que uma das grandes problemáticas atuais é o rotineiro encontro com sujeitos mergulhados até o pescoço no Ego, inflacionados em si mesmos, melindrosos na lida cotidiana, enfim, pessoas que acreditam que o outro (e aí o psicólogo entra na seqüência) deve dizer o que eles querem ouvir no mais íntimo do seu ser.
E o que a análise faz? Desintegra, na base, o castelo de areia de cada um, como quem encontra, na pedra bruta, a preciosidade que nela jaz.
O cogito "conhece a ti mesmo" incluía uma cara de alegre?
Sair do "narcisimo das pequenas causas" dói. E isso inclui, para os que estão ligado em aparências, em sair da sessão "pior" do que entrou mesmo, não só uma, mas muitas, muitas vezes.
Obviamente, que isso não é uma constante, ou seja, não se sai só assim, mas na justa medida em que o ser humano também não é somente sofrimento.
Também há sessões em que o sujeito se diz mais feliz, mas, lembremos, isso não é benevolência do terapeuta. Isso é conquista do paciente.
Então, ficamos combinados: do sintomal ao sinto bem, sinto muito, mas a verdade não usa cílios postiços.
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