Pois é, hoje faz uma semana do falecimento de Michael Jackson e só agora me ocorreu comentar o assunto, e o que há de espantoso nisto é justamente o só agora... Creio que com as manchetes de varias revistas dependuradas nas bancas de jornal de todo o mundo, inclusive do meu bairro, comecei a realizar que de fato isto havia acontecido: Michael Jackson morreu! Não que eu fosse uma grande fã, creio que ultimamente muito pelo contrário, mas porque na minha percepção ele já havia se afastado tanto da imagem e dos comportamentos considerados humanos, empenhando-se em não envelhecer, cristalizando-se como um boneco de resina, que no meu inconsciente ele havia perdido a mais humana das capacidades: a de morrer.
Michael para mim foi um Fausto que de bom grado cumpriu o seu contrato com Mefistófeles, dando a vida em troca de jamais envelhecer. Mas paradoxalmente, ao morrer, retornou ao mundo dos humanos, como uma redenção, lembrando a todos que nem sempre foi assim.
De fato foi alçado a símbolo, mas não apenas de símbolo do pop, mas símbolo do arquétipo da sombra que habita no interior de cada um de nós mesmos, e que não deve ser negligenciada, sob o risco de dominar toda a psique, que significa: alma.
A ele só me resta desejar Luz.
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