sábado, 26 de setembro de 2009

Pra quê desse por quê? (continuando tema da postagem anterior, realizada por Tatiana)
Acredito que, quando abordamos um mesmo assunto de diferentes pontos de vista, para além de aparentes antagonismos, estamos verdadeiramente contribuindo para a pluralidade de compreensões possíveis, o que, consequentemente, pode vir a atender um número maior de pessoas, em sua diversidade inerente à grandiosidade do que é humano.
Sendo assim, quero falar um pouquinho do que penso acerca da interessantíssima postagem feita pela amiga Tatiana, especificamente, dentro dessa dinâmica do por quê e do para quê, da qual todos nós nos valemos constantemente em nossa caminhada no mundo.
Vejo que, algumas vezes, o não entendimento de determinadas situações da vida surge menos pela ausência de respostas compreensíveis e muito mais pela dificuldade em se fazer a pergunta certa.
Então, existem momentos em que nos perguntamos o por quê de algum acontecimento e ficamos sujeitos à não obtenção de resposta satisfatória, ou o que é pior, presos ao passado, usando a pergunta só para alimentar a indignação sofrida. Diante de tal fato, é importante que escutemos nosso espírito e busquemos atendê-lo de forma mais adequada. É aí que surge a possibilidade da emergência de um para quê.
Só mesmo quando entendemos o para quê, que circunscreve nossa realidade mais prática, pragmática, da evolução humana, é que chegamos à possibilidade de questionarmos a respeito do verdadeiro por quê, sem vitimizações. E, quanto a isso, sinceramente, precisamos de ter humildade frente às nossas possibilidades no momento, entendendo que é muito melhor um esclarecimento simples do que uma ignorância sofisticada, dessas que dão o passo maior que a perna só para exercitar uma suposta inteligência.
Portanto, apenas como um outro modo de ver o mesmo assunto, podemos também compreender que não há divisão entre vida espiritual e razão, estando o pensamento quântico dentro de uma Razão Superior, esta sim, francamente acima do que comumente chamamos de racional, ou ainda, estritamente lógico, como bem pontuou minha parceira do blog.
Essa Razão, cunhada intencionalmente com letra maiúscula, engloba o para quê e o por quê como um Pai que, entendendo a diversidade que compõe seus filhos, trata-os dentro da unidade de seu amor infinito.

2 comentários:

  1. Acho interessante escutar nosso espírito, entretanto, há que se guardar que nem sempre estamos aptos a isso. Por diversas vezes não nos encontramos em condições e a terapia se faz essencial para que isso seja possível.

    Nesse ponto, onde se faz possível escutar nosso espírito, também chamado “coração” por alguns, aí sim, abandona-se a vitimização. Acontece de forma graciosa para o próprio agente. Independente do Porque e do Para que. Nesse ponto somos nós. Estamos a nos ouvir, nos dando abraços, colo. E no mais, nos conhecendo, entendendo quem somos sem vitimização ou preconceitos.

    Nem sempre os que se fazem vítima gostam disso. Se sentir o herói é infinitamente melhor.

    E como não há receita para a vida (apenas para quitutes) experimentar é bom sim, dar oportunidades é excelente, mas como diz uma amiga (Maria Adriana):
    ... A vida é segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo. Para vivê-la é preciso estar bem.
    E completa...:
    ... Se cuide.

    Por que e para que (s) também atrapalham. Às vezes é preciso renunciá-los e apenas viver bem, na medida em que se pode. Isto Sempre!


    Excelente post. Um abraço nas duas.

    (Comecei a ler o blog recentemente. Importante sinalizar que gostei muito. Parabéns às colaboradoras. Estarei sempre admirando, certamente).

    Lu.

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  2. Lu,
    Seja bem-vinda! Esse feedback é importantíssimo para nós.
    Bjs

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