Titanic
Estive pensando no quanto a análise redutiva dos sonhos, realizada por Freud, pode ser útil para alguns casos clínicos. Sobretudo quando nos deparamos com sujeitos cujo ego está excessivamente investido, ou seja, pessoas que se acham "donas do mundo", da "verdade".
É que a redução proposta pelo pensamento freudiano aguça o senso crítico, reduzindo o sujeito aos conflitos primordiais que acompanham a humanidade há muito tempo.
Assim, saber que toda aquela construção fantástica do inconsciente, produzida, por sua vez, por aquela pessoa que igualmente se acha fantástica, retrata um conflito infantil vivido com o pai, pode ser de grande utilidade terapêutica, uma vez que propicia uma retificação na economia da dinâmica psíquica.
Então, a redução egóica pode levar a um incremento energético rumo ao Self, esse, sim, morada da singularidade e do encontro profundo consigo próprio.
Para tanto, valho-me da cena de Leonardo di Caprio no filme Titanic, quando seu personagem dizia de braços abertos, meio pássaro, meio Jesus na Cruz: "I'm the king of the world".
Pois é, não foi à toa que o navio afundou...
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