segunda-feira, 27 de junho de 2011

Relacionamento aberto. (aberto para quê?)

Me entristece ver livros disseminando a fidelidade conjugal como coisa do passado... As pessoas que os escrevem devem ter sido muito feridas para deixarem de acreditar no amor verdadeiro e pleno entre duas pessoas. E na profunda tristeza, para se sentirem melhor, falam para si mesmas e para os outros que o problema não está na sua vida, e sim na crença no encontro de duas pessoas que possam ser fiéis. Fiéis não por imposição social, e sim por opção e compromisso, por viver e saber que ninguém no mundo pode se comparar à pessoa amada, a quem se dedica por inteiro de corpo e alma. Você pode estar pensando que isso parece conto de fadas né? Mas é isso mesmo, pois os mitos e contos de fada nada mais são do que imagens arquetípicas dos anseios mais profundos do espírito humano, são arquétipos. Por isso nos emocionamos com histórias românticas, por isso as crianças, que ainda não foram contaminadas com a descrença, sonham com as histórias de príncipes e princesas. Isso sim, nada é mais verdadeiro que um conto de fadas. Quer um exemplo mais recente: Shakespeare também se eternizou graças às suas histórias que louvam o true love.
E quanto ao felizes para sempre? Sim, e porque não? Felicidade no nosso mundo não é não ter problemas, e sim poder superá-los, vencer. E um casal verdadeiro faz isso junto. Sim, felizes para sempre.
Agora você pode dizer: Mas isso é muito difícil de achar Tatiana! E aí eu vou concordar com você. Mas aonde é que você está procurando mesmo? E será que está se preparando internamente para encontrar este tipo de amor? Eu me pergunto: Até que ponto nós nos colocamos no lugar de oferecer aquilo que desejamos, de sermos fiéis se é fidelidade que desejamos, de nos doarmos e sermos verdadeiros, de compreendermos, se é isso que desejamos... Mas não fazer pensando em receber, mas mudando as próprias vibrações, para chamar para sí pesoas que vibrem na mesma sintonia, que querem a mesma coisa. No melhor estilo oração de São Francisco: É dando que se recebe...
Existem aquelas pessoas que na ânsia de justificar seu comportamento apelam para o mundo animal,dizendo que biologicamente a infidelidade é justificável. Para quem quer se comparar com um macaco tudo bem, mas eu acredito que até mesmo Darwin concordaria comigo que  já evoluímos um pouco. No meu modo de ver, a capacidade de ser fiel é um passo evolutivo superior.
As pessoas quando chegam mais perto da realidade do espírito, procuram por companheirismo e compromisso. E posso dizer que pessoas que se iludem com meio relacionamento sobrevivem durante algum tempo, mas vão minguando aos poucos, e seus espíritos se tornam fracos como prisioneiros de um campo de concentração. Quando se perde a capacidade de acreditar no amor verdadeiro, passamos a ser seres pela metade, que nos conformamos com pouco ou quase nada para viver, aceitando migalhas por acreditarmos que nada existe além das sombras da caverna de Platão. Aceitamos sombras disformes do amor entre duas pessoas, e nos tornamos nós mesmos deformados pelo que nos fazem acreditar ser uma realidade.
Você que ainda duvida disso me dê um crédito! Na minha profissão já ouvi centenas de histórias de gente que dá seu tempo e dinheiro para falar comigo as suas verdades, logo, os mentirosos embora existam, são a minoria absoluta. Assim sendo, posso afirmar que existe sim o amor e a fidelidade, o companheirismo e a confiança.

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