Percebo que quanto mais imaturos somos mais queremos aplicar o toma lá dá cá, a lei de talião: olho por olho e dente por dente sem percebermos que este tipo de justiça pode ser uma armadilha que nos impeça de sair da roda da repetição, onde em algum momento desempenhamos o papel de algozes e depois de vítimas, pois os opostos são faces da mesma moeda.
Isso acontece nas situações mais cotidianas (daquelas que escuto aos montes). Digamos que em um casal, um dos pares descobre que o outro foi infiel. Em represália, o um(a) resolve trair o outro(a). Nada mais justo certo! Bem, nem tão certo assim...
Me entristece ver pessoas na descrita situação não vencerem o teste apresentado pela vida e simplesmente se transformarem no que abominavam, com a justificativa de dar o troco. Dar o troco em quem? Se quem mais sai perdendo é aquele que deixou de ser virtuoso e entrou no ciclo vicioso, de traído se tornou traidor e assim por diante... O orgulho ferido, o ódio e a vingança são nocivos para quem os sente, são armadilhas escondidas na sombra humana a espera de uma oportunidade para dominar a cena.
Mas driblar estas armadilhas equivale a se esforçar para começar a entender que a vida não se resume ao que os olhos e a curta razão materialista abarcam.
Muito legal a sua reflexão!
ResponderExcluirBjs