segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Amor de mãe não morre.

Um dia destes, estava vendo um filme do Harry Potter, no qual a cicatriz que o menino carregava na testa era um sinal que o lembrava do amor de sua mãe que foi capaz de dar a vida por ele, e este amor era o verdadeiro escudo do garoto contra as forças das trevas. Esta ficção na verdade, falava de forma quase mítica de uma verdade profunda, quando se tem o amor de uma mãe, mesmo que ela já não esteja mais presente, o fato de ter sido tão amado por alguém permanece na psique de forma marcada e profunda, fazendo com que por mais que o mundo coloque uma pessoa a prova, a auto estima permaneça, e lá no fundo algo de inabalável permanece, fazendo base para que a pessoa se reerga apesar dos revezes da vida.
Já o inverso também é verdadeiro, muitas pessoas com a vida relativamente tranquila e sem solavancos, demonstram fragilidade e baixa auto-estima, e na maior parte destes casos, mexendo lá no fundo, encontramos a sensação de não ter sido amado, de ser desamparado, são os casos dos órfãos de mães vivas. Estes precisam se superar e encontrar dentro de si mesmos a energia de uma mãe arquetípica, ou divina que existe para todos nós, e mesmo em aparentes calmarias, podem levam mais tempo para se reerguer que os outros em tempestades.

Um comentário:

  1. Parabéns, estava a procura de um texto que me ajudasse a compreender esse amor de mae... tenho 24 anos, nunca morei com minha mae verdadeira, só com avó e madrasta, nas quais chamo de mãe... meu pai e minha mãe foram só uma noite e como na época ela já tinha duas filhas e ficou com depressão pós parto de mim, a família do meu pai praticamente me arrancou dela, e com isso nos mudamos de estado e somente com 7 anos de idade a vi novamente. E depois a vi novamente na adolescência e na juventude que eu quis me aproximar mais dela... Por mais que eu sofresse com a ausencia materna,pude reconhecer que minha vida não seria a mesma com ela. Ela sempre foi muito pobre, na casa dela quando a fui visitar nem tinha porta e morava em uma invasão, meu pai deixava eu ficar la pouco tempo. Enquanto na casa do meu pai tem até piscina, então foi aí que fui percebendo que ela precisava da minha ajuda e meus irmão também, que por parte de mãe são 6 irmãos. Pois creio que Deus me deu essa oportunidade para ajudar eles, sou enfermeira e faço medicina em Buenos Aires, e dizia para ela que eu iria ajudá-la. Mas por ironia do destino dia 29 de novembro ela veio a falecer de cancer... Peguei o primeiro voo e comprei um buquê de rosas, ao chegar uma irmã minha veio chorando me dizendo que a nossa mãe sempre dizia que quando morresse ia receber um buquê de rosas, e o meu foi o único. Então vejo que mesmo distantes estavamos juntas, ligadas. Ela se foi aos 43 anos, mas nunca vou esquecê-la, e o que eu sonhava para mim e para ela também nunca vou esquecer, até porque para mim ela nunca morreu. Cenilde Araujo

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