Estou preocupado com o mundo como ele se apresenta hoje: sem Deus e espiritualmente desorientado.
Jung, (08.02.1957), 2003, p.64
Jung, (08.02.1957), 2003, p.64
Mesmo vivendo em uma época na qual podemos observar e usufruir dos notáveis progressos da ciência e da tecnologia há um número crescente de pessoas que demonstram estarem insatisfeitas com as respostas que o racionalismo e o materialismo lhes oferecem a respeito das questões mais profundas da vida, em especial os momentos de crise. O concretamente observável como parâmetro do que é ou não a realidade, lhes parece muito estreito e limitado. Há então a necessidade de se voltar para aquilo que não se vê e não é passível de comprovações materiais, aquilo que apenas pode ser sentido e experimentado, algo que transcenda o mundo ordinário. É apenas desta maneira que se alcançam o equilíbrio psíquico, procurando restabelecer a ligação rompida com a dimensão sagrada existente em todo ser humano.
Dentro deste quadro, o que chamo de Psicologia Numinosa pode ter a compreensão de uma definição na qual se encaixam as abordagens psicológicas que abrem espaço para acolher as questões humanas nos níveis: pessoal e transpessoal, evitando pré julgar ou fechar as portas para aquilo que causa estranheza também ao psicoterapeuta. Uma postura que reconhece e faz uso dos conhecimentos prévios adquiridos ao longo dos anos no campo da psicologia e ciências afins sem, no entanto, transformá-los em prisões teóricas, mas sim em bases para olhares mais amplos. Olhar este que nos tornem capazes de atender ao crescente número de pessoas portadoras do que reconheço como Demanda Numinosa.
Mas a esta altura faz-se necessário explicar para os que ainda não tem familiaridade com o termo, o que afinal de contas é o numinoso. Bem, este é um termo muito difundido por C. G. Jung, mas foi originalmente cunhado pelo teólogo Rudolf Otto, para designar o efeito causado pelo real contato com o sagrado, com algo que transcende e é maior que o eu, e que por isso mesmo causa estranheza, temor e fascinação. Utilizado na obra de Jung, este termo adquiriu um sentido mais amplo que o estritamente religioso empregado por Otto, se aplicando a todas as experiências psicológicas que nos fazem acessar uma dimensão que está além do mundo concreto que nos rodeia: a dimensão inconsciente. Lembrando que para Jung o inconsciente não é produto do que convencionamos como realidade, mas sim a sua origem, sendo maior que a mesma. E é através do que chamou de processo de individuação, o conhecimento profundo do si mesmo, que esta dimensão se torna acessível.
A existência deste enfoque possui um caráter primordialmente prático, visando dar conta de questões para as quais o pensamento vigente não fornece respostas satisfatórias, principalmente no que diz respeito ao entendimento dos sofrimentos profundos e aparentemente sem explicação. Adotando uma postura terapêutica expandida a respeito da dimensão humana, pode-se lançar um olhar mais amplo, porém não generalizado, a respeito de comprometimentos psicológicos, procurando oferecer compressões nas quais haja sempre lugar para que o particular se coloque como uma chave para abrir a porta da compreensão da essência sagrada do ser humano.
Dentro deste quadro, o que chamo de Psicologia Numinosa pode ter a compreensão de uma definição na qual se encaixam as abordagens psicológicas que abrem espaço para acolher as questões humanas nos níveis: pessoal e transpessoal, evitando pré julgar ou fechar as portas para aquilo que causa estranheza também ao psicoterapeuta. Uma postura que reconhece e faz uso dos conhecimentos prévios adquiridos ao longo dos anos no campo da psicologia e ciências afins sem, no entanto, transformá-los em prisões teóricas, mas sim em bases para olhares mais amplos. Olhar este que nos tornem capazes de atender ao crescente número de pessoas portadoras do que reconheço como Demanda Numinosa.
Mas a esta altura faz-se necessário explicar para os que ainda não tem familiaridade com o termo, o que afinal de contas é o numinoso. Bem, este é um termo muito difundido por C. G. Jung, mas foi originalmente cunhado pelo teólogo Rudolf Otto, para designar o efeito causado pelo real contato com o sagrado, com algo que transcende e é maior que o eu, e que por isso mesmo causa estranheza, temor e fascinação. Utilizado na obra de Jung, este termo adquiriu um sentido mais amplo que o estritamente religioso empregado por Otto, se aplicando a todas as experiências psicológicas que nos fazem acessar uma dimensão que está além do mundo concreto que nos rodeia: a dimensão inconsciente. Lembrando que para Jung o inconsciente não é produto do que convencionamos como realidade, mas sim a sua origem, sendo maior que a mesma. E é através do que chamou de processo de individuação, o conhecimento profundo do si mesmo, que esta dimensão se torna acessível.
A existência deste enfoque possui um caráter primordialmente prático, visando dar conta de questões para as quais o pensamento vigente não fornece respostas satisfatórias, principalmente no que diz respeito ao entendimento dos sofrimentos profundos e aparentemente sem explicação. Adotando uma postura terapêutica expandida a respeito da dimensão humana, pode-se lançar um olhar mais amplo, porém não generalizado, a respeito de comprometimentos psicológicos, procurando oferecer compressões nas quais haja sempre lugar para que o particular se coloque como uma chave para abrir a porta da compreensão da essência sagrada do ser humano.
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