O que dizer par alguém que se encontra na sua frente, relatando a vivência de um sofrimento profundo, causado pela perda das bases que até então ordenavam a sua vida? O que parecia tão sólido se revelou como um amontoado de bolhas de sabão. É a desilusão... Enfim, o que você vai dizer vai depender do tipo de pessoa que você é , e para os colegas que lêem estas palavra, do tipo de terapeuta que você se propõe ser e do que tem para dar enquanto ser humano – pois como eu gosto sempre de lembrar até mesmo para os meus pacientes: psicólogo também e gente. E não se aprende a ser gente na faculdade... E como Jung gosta de enfatizar, o processo terapêutico se dá a partir do encontro de duas psiques, a do terapeuta e a do paciente, e o primeiro não pode levar o segundo a enxergar além do alcance do seu próprio olhar, o que independe de qual técnica de tratamento esteja sendo utilizada, mas sim de uma combinaçao de profundo conheciemnto e humanidade.
Voltando a questão proposta do que dizer a alguém que sofre, pode-se optar pelo elegante e seguro silêncio. Esta postura abre espaço para que a angústia se coloque, o que tem sua serventia, mas pode em alguns casos ser pouco acolhedor...
Pode-se então ir um pouco além acolhendo a angústia não apenas como uma queixa, mas como uma representação de um conteúdo humano encerrado na crise. Assim, há como vasculhar o que se esconde, o que está oculto, transformando-o no que se revela. E conteúdos revelados sempre serão bem vindos, pois apenas assim poderão ser trabalhados.
Caso quem escute possua mais alguma sensibilidade, poderemos encontrar bem ali, no sofrimento, a responsabilidade expressa pela lei da colheita, que dá ordem e sentido a tudo o que nos rodeia. Assim abre-se a possibilidade de olhar o humano que nos transmite algo além do compadecimento por aquele que sofre, enxergando nele, mesmo na situação adversa que for, algo mais que um coitado, algo mais que uma vitima,, alguém que de alguma forma pode ser capaz de se superar. Isto também tem sua serventia...
Mas poderemos ir ainda mais além, passando-se da analise do porquê para a analise do para quê. Do sofrimento para além de um mero castigo ou fatalidade, e compreendê-lo como uma oportunidade de crescimento. Isso exige uma visão fina e aguçada, pois a oportunidade pode ser comparada a uma semente contida na adversidade, que começa a crescer no instante em que é encontrada.
Na verdade esta não é uma questão muito fácil, façamos assim o melhor que nossa visão nos permitir, lembrando sempre que ela pode ser eternamente expandida.
Voltando a questão proposta do que dizer a alguém que sofre, pode-se optar pelo elegante e seguro silêncio. Esta postura abre espaço para que a angústia se coloque, o que tem sua serventia, mas pode em alguns casos ser pouco acolhedor...
Pode-se então ir um pouco além acolhendo a angústia não apenas como uma queixa, mas como uma representação de um conteúdo humano encerrado na crise. Assim, há como vasculhar o que se esconde, o que está oculto, transformando-o no que se revela. E conteúdos revelados sempre serão bem vindos, pois apenas assim poderão ser trabalhados.
Caso quem escute possua mais alguma sensibilidade, poderemos encontrar bem ali, no sofrimento, a responsabilidade expressa pela lei da colheita, que dá ordem e sentido a tudo o que nos rodeia. Assim abre-se a possibilidade de olhar o humano que nos transmite algo além do compadecimento por aquele que sofre, enxergando nele, mesmo na situação adversa que for, algo mais que um coitado, algo mais que uma vitima,, alguém que de alguma forma pode ser capaz de se superar. Isto também tem sua serventia...
Mas poderemos ir ainda mais além, passando-se da analise do porquê para a analise do para quê. Do sofrimento para além de um mero castigo ou fatalidade, e compreendê-lo como uma oportunidade de crescimento. Isso exige uma visão fina e aguçada, pois a oportunidade pode ser comparada a uma semente contida na adversidade, que começa a crescer no instante em que é encontrada.
Na verdade esta não é uma questão muito fácil, façamos assim o melhor que nossa visão nos permitir, lembrando sempre que ela pode ser eternamente expandida.
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