quarta-feira, 28 de outubro de 2009

No olhar do outro podemos nos perder, mas também nos encontrar.

Jung colocou o processo de individuação como meta do desenvolvimento psíquico, um caminho que tem começo mas não um fim, até o ultimo suspiro ele pode estar em andamento. O processo de individuação é erroneamente confundido com algo individualista e isolado, significa voltar-se mais para o si mesmo (Self), conhece-se e descobrir-se tanto em aptidões e qualidades quanto em imperfeições a serem aprimoradas, deixando que revelemos a nós e ao mundo quem realmente somos e a que viemos. Mas o mergulho no si mesmo só pode se dar com o encontro com o outro. Sem o outro não temos como penetrar em nós mesmos, a partir de nossas relações e reações com o próximo é que nos revelamos.
De fato o olhar alheio pode escravizar, quando queremos atender as expectativas ditadas por alguém ou pela mídia, sociedade e etc, no anseio de ser amado a todo custo, o que acaba bloqueando a ponte para o Self. Mas o olhar do outro pode nos dar a possibilidade de encarar nosso próprio reflexo, e os oçhos que refletem não são os olhos frios e distantes, são justamente os olhos mais próximos, mais amados, mais geradores de atritos e afetos, estes podem ser a ponte para dentro de nós mesmos.

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