quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
2011
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Consumismo infantil e individuação
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
O medo.
sábado, 13 de novembro de 2010
Rir para não chorar
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Pais e filhos.
Um simples sorriso
domingo, 17 de outubro de 2010
"Não existe nenhuma dificuldade em minha vida que não seja exclusivamente eu Mesmo" C. G. Jung
domingo, 10 de outubro de 2010
Amar ao próximo.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Como criança
terça-feira, 28 de setembro de 2010
É melhor esquecer. (Será?)
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Tocar o mundo
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Aos jovens e futuros colegas clínicos - Coisas que não estão nos livros
domingo, 12 de setembro de 2010
Adoecer-se e Curar-se - Duas faces da mesma moeda.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Paciência
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Criança também é gente.
sábado, 14 de agosto de 2010
O filme "A Origem" e a noção de inconsciente em Jung
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Quando nem tudo é como esperamos.
Bem, vamos por partes:
1- O mais comum é encontrarmos um culpado para a nossa situação. Embora não seja fácil, procure pensar em como você afinal de contas se envolveu com a pessoa em questão, e verá que no final das contas foi uma questão de escolha sua. Se na falta de uma pessoa de carne e osso para culpar estiver culpando Deus, esta é mais furada ainda. Se você já sabe a respeito da existência de Deus, sabe que ele é apenas justo e dá o que cada um merece. Se não pode entender isso é porque ainda não entendeu quem é Deus.
2- Feito isso, você já pode sair da posição de coitado, de vítima, pois como já disse outras vezes, vítima é aquele que não pode fazer nada, que se deixa a mercê dos outros.
3- Repense suas escolhas. Se somos responsáveis por nossos atos, não somos coitados. E se fizemos escolhas erradas que nos fizeram sofrer, podemos também fazer escolhas melhores que nos darão bons frutos.
4- Se estivermos falando de situações irreversíveis como a morte, procure se conformar e aprender mais a respeito dos eternos ciclos de morte e vida do qual não podemos fugir. Se não for, acredite que tudo tem jeito. E se não é do jeito que queremos, talvez não estejamos enxergando muito a respeito do que realmente precisamos.
5- Sempre aprenda com o que deu errado para não sofrer novamente. Toda situação difícil guarda em si uma lição valiosa, se não a compreendemos ela terá que voltar.
sábado, 24 de julho de 2010
Sonhos 2
didaticamente, podemos entender que existem 3 tipos de sonhos, o que facilita o seu entendimento.
Existem sonhos que se resumem a resquícios da vida em vigília, da nossa vida diurna. Coisas das quais não conseguimos nos desligar, como contas para pagar, provas, notícias ruins, uma viagem muito legal e etc. Não há muito o que interpretar.
Um outro tipo diz respeito basicamente aos nossos processos psíquicos individuais, são mensagens enviadas de nós para nós mesmos, do inconsciente para o consciente a respeito de sentimentos e processos profundos muitas vezes desconhecidos ou propositalmente ignorados. Podem também funcionar como verdadeiros bálsamos curativos, realizando em um outro plano desejos e necessidades psicológicas que não estão sendo supridas no dia a dia. Uma pessoa carente de amor ,por exemplo, pode sonhar que recebe um abraço da natureza, de uma pessoa desconhecida ou algo parecido.
As duas primeiras categorias tem em comum o fato de serem fruto quase exclusivo da nossa psique individual.
E temos também aqueles sonhos que assim por bem dizer, não são apenas fruto da nossa psique, são mensagens captadas de uma outra outra esfera, o inconsciente coletivo, que podem trazer em sonhos fenômenos como premonições, conhecimento de fatos que ocorrem enquanto estamos dormindo, mensagens recebidas de um ente falecido e etc.
Obviamente nem todos acreditam que este terceiro estágio possa de fato ocorrer, preferindo ficar apenas com os dois primeiros casos. O que ao meu ver restringe bastante a compreensão deste fenômeno tão rico. Observar o sonho em várias esferas, nos mostra o quanto podemos ser únicos e ao mesmo tempo em que fazemos parte de um todo.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Sonhos
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Ser humano sem sombra é ser humano sem luz
E embora a sombra guarde conteúdos indesejáveis, conhecê-la e assimilá-la é vital. Quando pararmos com a infrutífera tarefa de fugir dela a todo custo, talvez possamos vê-la não mais como perseguidora, mas como uma companheira na nossa caminhada, que tem muito a nos mostrar sobre nós mesmos. E quando lhe damos ouvidos, nos damos a oportunidade de transformar o que precisa ser transformado, e deixamos de sabotar nosso próprio destino.
Mesmo que não queiramos olhá-la, a sombra está e estará sempre lá. Ainda bem! Pois ser humano sem sombra é ser humano sem luz. No mundo dos espíritos que habitam o planeta, corpos só não projetam sombra se estiverem em completa escuridão.
Assim na terra como na psique...
terça-feira, 15 de junho de 2010
Uva não tem caroço, manga não tem fiapo e gente não tem problemas.
Hoje em dia existem os produtos transgênicos, que não dão sementes, e as frutas são alteradas de tal forma a perderem as suas principais características, importando apenas o consumo em si, sem conexão alguma com a natureza. Já não nos basta não colhermos a fruta do pé, mas sim da gôndola dos supermercados, agora as frutas são semi mortas mesmo, já não carregam dentro de si a vida. Como uma mulher estéril apenas destinada a ser uma gostosona a ser consumida por ávidos olhares masculinos. Ela não pode gerar, pois podem ficar as estrias, e se geram têm medo de amamentar, pois os seios podem cair...
As pessoas não podem mais vivenciar tristezas que as fazem crescer, para isso temos antidepressivos cada vez mais poderosos. E principalmente os relacionamentos tem que ser perfeitos, como em um comercial de televisão ou a capa da revista de fofocas, sendo abandonados no primeiro obstáculo. Afinal de contas, acha-se outro em qualquer esquina mesmo, nas gôndolas das casas noturnas, no consumismo descontrolado dos ficantes de uma noite.
Mas lembrem-se: Uvas sem caroço e mangas sem fiapos costumam ter pouco sabor e também podem estar podres por dentro.
terça-feira, 1 de junho de 2010
A ilusão da imparcialidade.
Existem momentos em que eu gostaria de acreditar que o lugar do psicólogo é o da tão almejada imparcialidade. Seria muito fácil crer que em terapias nas quais nos posicionemos apenas como ouvintes meneando a cabeça de vez em quando ajudassem alguém. Obviamente um psicoterapeuta não está no lugar de dizer ao paciente o que deve ou não ser feito, mas isso é bem diferente de não se colocar de forma mais clara frente a questões que realmente farão diferença na vida de alguém. E isso faz com que a responsabilidade do tratamento, da profissão escolhida se apresente com toda a sua beleza e todos os seus riscos, sem floreios, sem a ilusão, sem aquela peneira da imparcialidade na qual alguns costumam se esconder quando o calor do sol aumenta muito.
Como dizia o velho Jung, o relacionamento de duas psiques, de dois seres humanos, é o que move a terapia.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Mães suportam não serem amadas sempre.
Quase todo mundo que tem filhos já ouviu um sonoro “EU TE ODEIO!” ou “VOCÊ É A PIOR MAE DO MUNDO!” e a lista é longa...
Mãe que é mãe protege de algo que o filho não vê. Mãe que é mãe diz não corrige e dá limites.
Mãe que é mãe suporta não ser amada por puro ato de amor. E depois diz a famosa frase que nenhum filho que ainda não tem filhos entende: “Doeu mais em mim do que em você.”
É verdade...
sexta-feira, 7 de maio de 2010
O “kit” mãe.
Neste kit vem a culpa. De inicio a mãe não sabe para que serve, nem vê. Mas no primeiro choro não sanado e ou fralda não trocada, irá usá-la.
A grande maioria das mães quer ser uma mãe perfeita, melhor do que a que ela teve. E é claro, como nenhum ser humano é perfeito, e até onde eu sei todas as mães são humanas, o resultado da equação é que não existe mãe perfeita. QUE BOM! Isso mesmo. Alegrem-se e consolem-se amigas.
Na postagem passada estava falando do pensamento de Winnicott, a respeito da mãe ideal ser a suficientemente boa.
É o seguinte: mãe ideal não é aquela que nunca deixa furo, pois assim a criança não tem espaço para crescer. A mãe ideal é aquela que em sua humanidade, mesmo querendo fazer o melhor comete erros, pois estas são as grandes oportunidades que a criança tem de se virar e crescer.
Esta frase tem salvado muitas mães da auto-condenação eterna. Espero que também lhe seja útil cara leitora.
E feliz dia das mães.
domingo, 2 de maio de 2010
Os pólos extremos do lugar materno
Hoje os tempos mudaram. Uma mãe padrão é aquela que estuda, se forma (ou não), trabalha e se desdobra entre a carreira e os filhos. Sim, pois hoje em dia não toleram mulheres que “não fazem nada” “apenas cuidam dos filhos” não contribuindo para a sociedade e se empobrecendo como pessoas..
Como dizia Jung, o mundo é feito de pares de opostos, e os seres humanos quase sempre revezam entre um pólo e outro sem que seja alcançado o almejado equilíbrio. Nas situações descritas acima mudaram apenas os pólos. Nenhuns dos dois modelos garantem mães melhores e mais felizes, justamente por serem impostos de fora para dentro, e não fruto das necessidades do âmago da organização de cada família, da maneira de cada mulher dar conta dos seus deveres e aspirações. Quando se reprova um comportamento se esta apenas invertendo o preconceito. Extremismo e rigidez apenas geram preconceito. O preconceito que se tinha antigamente com mulheres que não se restringiam aos limites do lar agora se lança implacável contra as mães de hoje que decidem ficar em casa com os filhos.
Eu tenho duas grandes amigas que fizeram esta opção. Opção sim, pois são mulheres de classe media alta do Rio, inteligentes, bonitas, instruídas que escolheram ter 4 filhos (cada uma) ao invés de focarem suas carreiras. Obviamente estão com maridos que avalizam a escolha, mas até por isso são criticadas as vezes “pois aonde já se viu ser sustentada pelo marido?” Muitos homens atualmente também inverteram os pólos: antigamente proibiam as mulheres de trabalhar, e hoje ouço casos em que o marido exige que a “encostada” coloque dinheiro em casa também.
Para as minhas amigas que costumam ser vistas como aberrações quando se dizem mães de 4 filhos eu sugiro que digam sempre que tem 4 vezes mais felicidade em casa. E embora a minha própria opção tenha sido diferente, eu as admiro pela capacidade de doação e pela coragem de ir contra um modelo imposto pela sociedade, uma coragem tão grande quanto à das mulheres de antigamente que se deram ao direito de ir alem dos limites domésticos.
domingo, 18 de abril de 2010
Os cactos.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
O real.
Assistindo recentemente ao filme “Quem somos nós” percebi o tanto que me agrada a frase de um físico que diz “Hoje para mim, o que eu pensava ser irreal e muito mãos real do que o que eu antes pensava ser real”. Esta frase me remete a outro filme: Matrix.
Quer dizer que quanto mais nos aprofundamos em realmente querer pensar e descobrir o que estamos fazendo aqui, encontraremos uma realidade outra, mais ampla, que de fato abarca essa nossa vida racional, o que os olhos físicos alcançam. É também a mesma idéia que inspirou Jung a afirmar que o inconsciente não é fruto do consciente como postulou Freud, mas sim a origem da consciência, que não é nada mais nada me nos que uma pequena parcela do inconsciente que nossa tacanha percepção física consegue assimilar. Willian James também já havia percebido algo parecido, e chamou a realidade mais ampla de região subliminar. E bem antes deles outro grande pensador, Platão, com seu mito da caverna já nos dizia que provavelmente a realidade é muito mais ampla do que aquilo que podemos perceber.
Fica no ar a pergunta: Por que apenas alguns conseguem perceber tais coisas?
É preciso coragem e humildade para admitir que nada se sabe e deixar entrar o novo
quinta-feira, 25 de março de 2010
O confessionário.
Quando atendia um paciente começamos a conversar a respeito de religião, já que há pouco tempo tinha ido a uma missa após longo período sem fazê-lo. Conversando a respeito dos seus pensamentos a respeito dos preceitos da igreja católica chegamos à confissão e ele prontamente me disse: “Para que falar com o padre, eu já venho aqui e confesso tudo o que eu faço para você”.
Pegou-me de surpresa e não contive o meu riso, mas na verdade a afirmativa do paciente dá margem a muitos pensamentos.
Creio que guardado todo o respeito que os rituais de todas as religiões merecem, sinto que esta pessoa em questão que se identifica como católica, pois foi batizada lá, não identifica a confissão como algo que de fato vá redimi-la de seus pecados, não é sentida como um ato sagrado. Logo, um espaço aonde possa se abrir de modo franco e seguro com alguém que o ajude a pensar a respeito de suas próprias palavras já é o equivalente a estar se redimindo de seus atos. De certa forma sim, mas calma...
Algumas pessoas poderiam erroneamente concluir que a terapia foi alçada ao patamar de algo sagrado, comprovando que a religiosidade já não se faz necessária. Mas na verdade não creio nisso. Seria uma armadilha do orgulho.
Eu penso que na verdade as pessoas carecem de espaços e rituais nos quais possam realmente sentir o sagrado, a transcendência. Não é uma questão de fé, mas sim de conhecimento e sentimento da Força Superior da Natureza que nos rege. Precisamos restabelecer as vias que nos conectam ao nosso real contato com o sagrado.
Deus pode estar em tudo o que realizamos inclusive terapia, mas é muito mais que isso.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Aos meus amados Patinhos Feios
Amo os Patinhos Feios que tem aparecido no meu consultório.
Chegaram – não por acaso, pois como vocês sabem eu não acredito em acaso- em ninhos estranhos e ao nascerem não são reconhecidos e nem reconhecem os que o cercam como familiares.
Estes pequenos cisnes às vezes fazem de tudo para serem desajeitados como patos, escondem a sua graça, pois a percebem como estranheza.
A sua superioridade tamanha na maneira de ver e encarar o mundo, seus sentidos extremamente mais aguçados - vendo coisas que os patos não vêem, escutando coisas que os patos não ouvem - mostram o grau de evolução de seus espíritos.
Amados jovens cisnes, a cada sessão me alegro por ver que estão indo na direção do lar que lhes deu origem, mesmo que ainda não possam perceber onde vai dar o final da estrada, e que por isso sintam medo.
A todos os Belos Cisnes que ainda não abriram suas asas. Nunca desistam de procurar os seus semelhantes e realizar o seu belo propósito de ser no mundo.
sexta-feira, 12 de março de 2010
O dinheiro e a faca
O Dinheiro se parece com a faca. Embora um tanto cobiçado, as emoções a ele relacionadas costumam remeter quase que imediatamente ao perigo - real - de corrupção e se deixar escravizar pelo desejo de tê-lo, passando a ser possuído por ele. Uma espécie de escravidão. Muitas pessoas desenvolvem medo do dinheiro, assim como da faca.
Esta semana três jovens que estavam em profundo questionamento a respeito do rumo que precisam tomar profissionalmente na vida - ao mesmo tempo em que emergiam como seres espirituais - apontaram a escravidão pelo dinheiro como algo a ser evitado a todo custo, como algo que certamente os afastaria das coisas que agora eles percebem mais claramente como essenciais na vida, como o bom relacionamento consigo mesmo, com o próximo e fazer algo não só por dinheiro, mas por amor.
Ok, eles têm razão. Mas apontei que na verdade eles não estavam criticando o dinheiro em si, e sim a mentalidade de consumo e falta de valores que infelizmente estão estampadas massivamente na mídia e reverberam nos lares como os principais valores a serem perseguidos, (como foi colocado pela postagem abaixo).
Fazer o que se que se ama e colocar este talento a serviço da evolução espiritual, nossa e dos outros, não significa não ganhar dinheiro, muito pelo contrário: na maior parte das vezes quando descobrimos a nossa verdadeira vocação e colocamos nossos dons com amor no mundo, o dinheiro virá como conseqüência natural, e saberemos como usá-lo de maneira construtiva.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Ontem, estive conversando com uma amiga a respeito da busca desenfreada de alguns por viverem muito acima do padrão que efetivamente podem, o que acarreta num grande empobrecimento subjetivo, já que gastam uma imensa energia interna na manutenção da "fachada subjetiva", energia esta que poderia estar sendo utilizada justamente para o entendimento do porquê dessa necessidade irreal.
Por outro lado, acredito mesmo que temos de vislumbrar bons horizontes para nós, mas existe aí uma tênue diferença entre almejar algo genuíno, independente do que a sociedade dita, a ficar obedecendo interiormente as demandas externas do capital.
Então, podemos recorrer a inúmeros casos na literatura mesmo, de grandes personalidades que nasceram muito pobres e chegaram a ter um lugar reconhecido no mundo. Entretanto, dificilmente você verá que este era o objetivo primeiro dessas pessoas, ou seja, a fama veio depois, mais como reconhecimento do trabalho realizado, adjetivando o brilhantismo do ser.
Assim, pode ser útil pensarmos no que estamos querendo para os nossos filhos, por exemplo, quando ficamos sujeitos a conversar mais sobre o tema financeiro do que sobre valores reais dentro de nossa própria casa. Só assim eles poderão entender onde é que mora o real valor da vida.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Há uma espécie de humor que realmente não pode ser bom. Falo de uma tal "ironia fina", onde o próprio adjetivo "fino" parece mesmo um deboche, já que ironia não tem graça e muito menos elegância para ser acompanhada de adjetivo.
Ainda que caiamos em alguma brincadeirinha canhestra que gere piadinhas de mau gosto, é sempre bom estarmos mais alertas em relação ao tema.
Eu mesma, por tantas vezes, já fui vítima e algoz do deboche. Já servi e já fui servida com o que não presta.
Há uma semana atrás, por exemplo, perdi a oportunidade de ficar calada e fiz uma "observação salgada" com um colega que me gerou grande sofrimento e um pesadelo noturno. Tudo isso foi muito sem graça.
Freud falou do humor como algo necessário e vital, amenizador de tensões psiquícas.
É realmente uma dádiva podermos ser, dentre os seres existentes, os únicos possuidores da capacidade de fazer humor. Os macacos, por exemplo, sorriem, mas quem vê graça nisso somos nós.
Então, vamos combinar assim, da próxima vez vamos usar nossa sublime faculdade como algo construtivo, gerador do prazer de viver, ok?
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O nosso lugar
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Deus Pai.
Certa vez Jung recebeu uma carta de um leitor que em suma dizia que Jung complicava muito a noção de Deus, que não era preciso pensar tanto e tecer tantas elucubrações, pois afinal de contas tudo se resumia a verdade: “Deus é Amor”.
Obviamente este simplismo enervou Jung, justo ele que tanto tempo dedicara – a vida toda – a compreensão de Deus, indo contra a fé cega de seu pai, um pastor, acreditando que só é possível entender realmente a existência de uma força maior através do conhecimento, da gnose. O que o fez proferir mediante a pergunta “O senhor acredita em Deus?” a celebre afirmação “Não. Eu sei de Deus”.
O leitor que enviou a carta dizendo que Deus é amor, não estava errado, é claro que Deus é amor. Porem, o que você compreende como amor de Deus? O Amor é o supremo bem, sim. Mas o supremo bem também é a suprema justiça, e a justiça nem sempre se evidencia em atos benevolentes. Afinal de contas onde estaria Deus naquela hora em que mais precisávamos e nos sentimos abandonados e injustiçados?
Uma paciente me fez esta pergunta esta semana e eu me lembrei que como costumamos denominar Deus como o Pai, o melhor exemplo seria justamente o de um pai amoroso.
Como bem sabemos em psicologia, o pai costuma ser aquele que coloca os limites, e não apenas impede as frustrações. Quando uma criança em nome da educação recebe o limite, ou seja, a frustração de seus desejos e expectativas, costuma se irritar, achar que o pai foi injusto, quiçá um monstro! Podendo proferir a terrível frase “Eu te odeio”. A criança se aborrece por julgar o pai apenas com a sua visa o de mundo, acreditando que pode compreendê-lo. Mas obviamente não pode... Apenas quando cresce, e consegue ter uma visão mais vasta pode finalmente enxergar que ele queria o seu bem, e que nunca deixou de amá-la.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Renascer
Você amigo leitor poderá pensar assim: “Mas todo ano é a mesma coisa, muda o ano e não significa que alguma coisa de fato vá mudar em nossas vidas apenas porque rasgamos o outro calendário.”
E sim, é verdade. Concordo. Não é o simples fim de Dezembro e inicio de Janeiro que faz com que tudo mude, a renovação não mora em datas, mas mora em nós.
Cada ano que se inicia serve para nos lembrar que dentro de nós existe sempre a oportunidade eterna da renovação. A vida de fato recomeça a cada dia em que abrimos os olhos, mas a maioria parece não saber disto, então dou graças a Deus que todo ano termine para que outro recomece, para lembrar-nos que a natureza sagrada trabalha em ciclos de morte e renascimento, e nossas vidas existem dentro dela.
Que a força da criança divina que renasceu esteja presente nos espírito de todos nós. Feliz 2010.